Ela foi profundamente amada, perdoada e liberta de seus pecados.
Era uma segunda-feira, dia 05/05/14 duas matérias circulavam os noticiários “Observador da Santa Sé faz discurso na ONU sobre tortura” e “Mulher espancada após boatos em rede social morre em Guarujá“. Dois temas, um único assunto: violência. No mesmo instante, recordei-me do ensinamento de Jesus: “Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados” (cf Lucas 6,37).
É praticamente impossível, uma situação desta que pode acontecer com qualquer pessoa (eu, tu, ele, nós, vós, eles…) não cause comoção e nos provoque um exame de consciência. Como é possível que, atualmente, algumas pessoas ainda consideram-se no direito de emitir sentenças e condenações até a morte de alguém? Qual deve ser a postura do cristão neste tipo de situação?
Agir sempre com misericórdia
Segundo a Wikipedia, a “linchagem, linchamento ou lei de Lynch é o assassinato de um indivíduo, geralmente por uma multidão, sem processo judicial e em detrimento dos direitos básicos de todo cidadão”. Ao longo da história, infelizmente, podemos constatar que são inúmeros os relatos de linchamentos promovidos com o apoio da lei. Antigamente, entre os judeus, por exemplo, a lapidação — o apedrejamento pela multidão — era uma penalidade aplicada em diversos casos.
Uma grande lição nos foi ensinada, quando houve uma tentativa de lixamento daquela mulher flagrada em situação de adultério, que foi evitado por Jesus Cristo (cf. João 8,1-11). Segundo relatos bíblicos, tudo aconteceu porque as autoridades religiosas daquela época (judeus) estavam procurando um motivo para acusar Jesus (por causa do milagre em que curou o paralítico na Piscina de Siloé, em dia de sábado).
Jesus foi para o Monte das Oliveiras. Ao amanhecer, ele voltou ao Templo, e todo o povo ia ao seu encontro. Então Jesus sentou-se e começou a ensinar.
Chegaram os doutores da Lei e os fariseus trazendo uma mulher, que tinha sido pega cometendo adultério.
Eles colocaram a mulher no meio e disseram a Jesus: “Mestre, essa mulher foi pega em flagrante cometendo adultério. A Lei de Moisés manda que mulheres desse tipo devem ser apedrejadas. E tu, o que dizes?”
Eles diziam isso para pôr Jesus à prova e ter um motivo para acusá-lo.
Então Jesus inclinou-se e começou a escrever no chão com o dedo. Os doutores da Lei e os fariseus continuaram insistindo na pergunta.
Então Jesus se levantou e disse: “Quem de vocês não tiver pecado, atire nela a primeira pedra”.
E, inclinando-se de novo, continuou a escrever no chão. Ouvindo isso, eles foram saindo um a um, começando pelos mais velhos.
E Jesus ficou sozinho. Ora, a mulher continuava ali no meio.
Jesus então se levantou e perguntou: “Mulher, onde estão os outros? Ninguém condenou você?”
Ela respondeu: “Ninguém, Senhor.” Então Jesus disse: “Eu também não a condeno. Pode ir, e não peque mais.”
Façamos penitência
A vida sempre vale mais! Por isso, te convido agora à rezarmos pelas almas das pessoas que já mataram ou que foram mortas. Pois, ainda que errantes, todos temos o direito à uma nova oportunidade na vida. Oremos, pois o próximo injustiçado(a) pode ser eu, pode ser você… Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.
♫ Ouça “Imagem e Semelhança” de Walmir Alencar
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Que Deus tenha misericórdia de nós.
Até a próxima.
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