O socorro financeiro aos irmãos na fé é coisa antiga na Igreja. Desde os tempos apostólicos, colocar nossos bens em comum é uma característica cristã.
“De fato, quando existe a boa vontade, ela é bem aceita com aquilo que se tem: não se exige o que não se tem.”
Ajudar as igrejas mais necessitadas era uma prática comum entre os cristãos nos primórdios. Eram coletas organizadas, porém livres em termos de valores. Não era um dízimo, muito menos um imposto, mas a oportunidade de manifestar a generosidade para com os irmãos que sofrem necessidade e pertencem à mesma família de fé.
Poderíamos pensar que cristãos mais abastados eram os que mais doavam, mas Paulo relata aqui o que nós já conhecemos historicamente: Os menos abastados são os mais generosos.
“Eu sou testemunha de que esses irmãos, segundo os seus recursos e mesmo além dos seus recursos, por sua própria iniciativa e com muita insistência, nos pediram a graça de participar desta ajuda aos santos. E, indo além de nossas expectativas, colocaram-se logo à disposição do Senhor e também à nossa disposição, pela vontade de Deus.” (II Cor 8,3-5)
Paulo cita a região da macedônia, mais pobre do que a região onde os Coríntios moravam, no entanto, estavam sendo extremamente generosos. E qual era a diferença, já que eram mais pobres? Sua conversão! Paulo aproveita a ocasião para ensinar aos coríntios o significado de generosidade cujo modelo é Cristo.
A generosidade cujo modelo é Cristo
“Certamente, não é uma ordem que estou dando, mas, à vista da solicitude extraordinária de outros, dou-vos ocasião de provardes a sinceridade de vosso amor. Certamente, conheceis a generosidade de nosso Senhor Jesus Cristo: de rico que era, tornou-se pobre por causa de vós, para que vos torneis ricos, por sua pobreza.” A pobreza de Cristo que sendo Deus, se fez homem como nós para nos permitir a salvação, mesmo que não a mereçamos.
Por que temos tanta dificuldade de partilhar nossos bens com quem precisa? Por que somos tão apegados mesmo sabendo que tudo isso vai passar? Será que está faltando esperança no céu, em nossos corações, e por causa disso nos agarramos aos bens e não ao Senhor?
Há pessoas precisando de nossa ajuda, cada um com uma necessidade. Não podemos ajudar a todos, mas, certamente, podemos ajudar alguns que Deus chama de próximo*, para que os amemos!
*Lc 10, 29-37
E Paulo diz: “Não se trata de vos pôr em aperto para aliviar os outros. O que se deseja é que haja igualdade, que, nas atuais circunstâncias a vossa fartura, supra a penúria deles (de Jerusalém) e, por outro lado, o que eles têm em abundância complete o que vos falte”.
Hoje, anualmente, existem coletas para ajudar as igrejas mais necessitadas em todo o mundo e obras de missionários que dependem totalmente dessa provisão. É a mesma Igreja de sempre, contando que a generosidade de hoje se assemelhe à dos primeiros cristãos.
Leia o trecho em II Cor 8
Na Bíblia CNBB, página 1423-1424
Título: A coleta para Jerusalém 1
Ordens
II Cor 8,23-24
“Quer se trate de Tito, meu companheiro, em relação em vós, meu colaborador, quer se trate de nossos irmãos, delegados das igrejas, glória de Cristo: diante das igrejas, mostrai a vossa caridade e justificai os elogios que de vós fizemos junto a eles.”
Princípios eternos
II Cor 8,9.12
“Certamente, conheceis a generosidade de nosso Senhor Jesus Cristo: de rico que era, tornou-se pobre por causa de vós, para que vos torneis ricos, por sua pobreza.”
“De fato, quando existe a boa vontade, ela é bem aceita com aquilo que se tem: não se exige o que não se tem.”
Qual a mensagem de Deus para mim hoje?
Deus pede que sejamos generosos como ele. Os mais convertidos insistem para participar da ajuda aos outros. Mas de todos nós, Deus espera uma resposta de amor assim.
Como posso pôr isso em prática?
A começar do meu próximo, exercitar a generosidade no que vejo que é a sua necessidade.