A favor de Deus I Diário Espiritual I Leia o trecho em Lc 9, 49-50

Oficialmente, a Igreja está a favor de Deus e Deus a favor da Igreja, mas e quando alguém desconhecido aparece realizando o bem em nome de Jesus?

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“Mestre, vimos alguém expulsar demônios em teu nome mas nós lhe proibimos, porque não anda conosco.”

Estar a favor de Deus vai um pouco além das prerrogativas que conhecemos na organização do Reino dos Céus. A narrativa dos apóstolos que não permitem que alguém que não andava com eles expulsasse demônios, em nome de Jesus, parece muito justa aos nossos olhos e, de fato, é.

Por exemplo, não se pode celebrar a eucaristia sem ser um ministro ordenado, pois o sacramento simplesmente não acontece. Para tal, é necessária a sucessão apostólica, assim como para todos os outros sacramentos, com alguma exceções, como no caso do Batismo, CIC 1256. Jesus deixou as coisas bem ordenadas em sua Igreja.

Surpreendentemente, Jesus é contra esta atitude dos apóstolos e não condena aquele homem porque, apesar de não seguir Jesus entre os mais próximos, tinha fé em seu nome, por isso, a graça acontecia. Ele expulsava demônios em seu nome.

Certamente, estava a favor de Deus porque também ouviu a sua pregação e manifestou fé para realizar tal obra.

Lembremos de algumas pessoas que surpreenderam a todos com sua fé inesperada e arrancaram graças de Deus como a hemorroissa, o Centurião romano e a mulher cananeia.

Jesus concedeu que aquele homem continuasse, mas sua concessão foi acompanhada de uma sutil advertência: “pois quem não é contra vós, está a vosso favor.” Embora ele não seja um dos doze, não seja anunciador do Evangelho, não fora chamado por Jesus e não tenha sido enviado por ele, de alguma forma, não atrapalhando, ele ajuda.