Perdoar não é coisa fácil. Encontrar a medida do perdão parece ser uma saída para nos defendermos e impormos limites, e Jesus tem uma resposta surpreendente.
“Jesus respondeu: ‘Digo-te, não até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes’.”
Todo mundo tem limites para a paciência; e a medida do perdão de cada pessoa é variável de acordo com seu temperamento, a história, as situações recorrentes, a gravidade dos fatos… Mas independentemente de tudo isso, somos chamados, como cristãos, a darmos uma resposta diferente a essas situações de conflito e de ofensa.
Pedro fez uma pergunta séria para Jesus porque ele queria ser justo. Se ele perdoasse alguém sete vezes, número bíblico que representa a perfeição, ele estaria sendo justo, paciente, misericordioso, perfeito; mas Jesus surpreende quando diz “setenta vezes sete vezes” e desmonta o critério de justiça que Pedro tinha, como também desmonta o critério de justiça que nós temos para nos elevar ao critério de justiça de Deus.
Contabilizar quatrocentos e noventa vezes que precisei perdoar uma pessoa não é fácil. E, se considerarmos que precisamos perdoar muitas pessoas, não conseguiremos fechar uma boa conta. Então, fica claro que o número elevado de perdão indica a largueza de coração para dar o perdão a quem precisar e sempre, como Deus faz. Isso é a verdadeira justiça, essa é a medida do perdão que Deus quer para todos.
Então, Jesus conta uma parábola para deixar bem claro a importância do perdão para nossa salvação. A medida do perdão que usamos para os outros é a mesma que Deus usará para nós.
Ora, Ele nos perdoou primeiro, e perdoou setenta vezes sete vezes! Perdoou uma dívida impossível de ser paga. Ela foi paga com o Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele espera de nós, em gratidão, que façamos o mesmo uns pelos outros. Que tenhamos um coração sempre pronto a perdoar.
Praticar a justiça de Deus, a respeito do perdão, consiste em perdoar sempre e perdoar tudo.
Mas como? Quem tem essa grandeza, essa força, esse coração? Somente um homem e uma mulher cheios do Espírito Santo. Sem Ele, não temos a chance de perdoar nem a nós mesmos… Mas com Ele, tudo é possível. Porque é Deus mesmo agindo em nós.
Leia o trecho em Mateus 18, 21-35.
Na Bíblia CNBB, página 1225.
Título: O perdão. Parábola do servo cruel.
Ordens
Mateus 18, 22
“Jesus respondeu: ‘Digo-te, não até sete vezes, mas até setenta vezes sete vezes’.”
Princípios Eternos
Mateus 18, 23-35
“O Reino dos Céus é portanto como um rei que resolveu ajustar contas com seus servos. Quando começou o ajuste trouxeram-lhe um que lhe devia uma fortuna inimaginável. Como o servo não tivesse com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher, os filhos e tudo o que possuía, para pagar a dívida. O servo, porém, prostrou-se diante dele pedindo: Tem paciência comigo e eu te pagarei tudo. Diante disso, o senhor teve compaixão, soltou o servo e perdoou-lhe a dívida. Saindo dali, aquele servo encontrou um de seus companheiros que lhe devia uma quantia irrisória. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: Paga o que me deves. O companheiro, caindo aos pés dele, suplicava: Tem paciência comigo e eu te pagarei. Mas o servo não quis saber. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que estava devendo.
Quando viram o que tinha acontecido, os outros servos ficaram muito sentidos, procuraram o senhor e lhe contaram tudo. Então o senhor mandou chamar aquele servo e lhe disse: Servo malvado, eu te perdoei toda a sua dívida, porque me suplicaste. Não devias, tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti? O senhor se irritou e mandou entregar aquele servo aos carrascos, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.”
Anote, em seu diário, a mensagem de Deus para você e como colocar isso em prática:
Qual é a mensagem de Deus para mim hoje?
É imprescindível perdoar. E sem a ajuda de Deus é impossível.
Como posso pôr isso em prática?
Suplicar sempre a graça de um coração disposto a perdoar e capaz de se compadecer dos outros.