Um conhecimento escondido desde a criação do mundo I em Mt 13, 34-35

As parábolas são histórias que Jesus contava para explicar as realidades do Reino dos Céus às multidões. Um conhecimento escondido desde a criação do mundo.

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“Abrirei a boca para falar em parábolas; vou proclamar coisas escondidas desde a criação do mundo.”

Um conhecimento escondido desde a criação do mundo é o que Deus nos revela em suas parábolas.

É impressionante como Deus descomplica as coisas, e nós complicamos tudo. A realidade da criação é complexa e a do Reino dos Céus ainda mais insondável; no entanto, Deus nos revela Seus segredos com histórias simples, a fim de que, por elas, nós creiamos n’Ele e sejamos salvos.

Nós homens queremos explicações complicadas, desejamos descobrir algo a mais, sempre mais, e na nossa insaciedade, nos deparamos com a grandiosidade da criação, que já nos atordoa em nossa pequenez. Complicamos o que Deus tornou tão simples. Ele permite que nos espantemos com as nossas descobertas científicas, mas faz questão de revelar aos nossos corações, pelas parábolas, a Si mesmo e o Seu Reino.

Um coração pobre, ainda que dono de uma mente culta, será capaz de compreender as parábolas de Jesus e crer na revelação do Evangelho, a Boa Nova do Reino dos Céus. Compreenderá sua origem e seu fim, e encontrará sentido em todas as coisas criadas, apesar das marcas do pecado, pela graça de Deus. É sobrenatural, ultrapassa o cosmo, é mais que esta realidade!

A soberba diante da palavra:

Se complicarmos tudo com nossa capacidade intelectual soberba, interpretaremos as parábolas corretamente sem crer numa só palavra, leremos toda a Bíblia, conheceremos de memória imediata múltiplos versículos, sem nenhuma fé e, possivelmente, nenhum respeito ou consideração.

A soberba torna-nos incapazes de crer com o coração na Palavra de Deus. Dizer que somente os pobres e simples acreditavam em Jesus, por causa de uma limitação intelectual, é, no mínimo, subestimar a raça humana.

Na verdade, aqueles que creram, creem e crerão no Evangelho, são os que têm um coração humilde a ponto de reconhecer que a sua sede de infinito está acima da própria compreensão, e que, até para começar a buscá-la, é necessário ajuda de alguém muito maior.

Um ungido, um escolhido, alguém que fala com propriedade porque viu a Deus, e cuja presença sacia a sede que consumia de angústia nosso interior. A ciência poderá, um dia, explicar, ou não, o que o coração reconheceu quando o encontrou: Deus.