O Reino dos Céus é o reino dos violentos, mas longe de ser uma violência contra pessoas, é uma violência contra o pecado, que pode nos roubar o céu.
“A partir dos dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e violentos procuram arrebatá-lo.”
O reino dos violentos é feito por pessoas que tiveram seu encontro pessoal com Jesus e já não querem viver para si mesmas, e sim para Deus. Pessoas que descobriram a verdadeira finalidade de suas vidas, a sua vocação essencial, o dom de ser filho de Deus, cujo objetivo é o Reino dos Céus.
É João quem inaugura essa violência com a sua pregação de conversão. Ele prepara um povo para a vinda do Messias e é bem-sucedido. Jesus se refere a ele como ‘mais que um profeta’ porque a sua missão profética foi a derradeira preparação para a instauração do Reino dos Céus.
No entanto, Jesus revela que o menor no Reino dos céus é maior do que João. Olhando para o “hoje” daquele tempo, Jesus revela agora a inauguração de um novo tempo e um divisor de águas com a sua presença e de seus discípulos: o Novo testamento.
Este é inaugurado com a pregação da Boa-Nova, o Evangelho, os ensinamentos nunca antes ouvidos, a revelação do Pai e do Espírito Santo, enfim, uma radicalidade nova que profeta algum poderia pregar, é um atributo messiânico. E o que dizer das obras? Curas, libertações, milagres.
Reino dos Céus
Quando, porém, Jesus passou pela sua Paixão, todos os que morreram n’Ele foram admitidos no Reino dos Céus. Essa violência a qual somos chamados é bem expressa e revelada em Ef 6, 10-17, quando Paulo nos ensina a lutar com as armas certas contra o inimigo certo.
Mas não lutamos somente contra o demônio, são três os inimigos da alma, segundo a tradição da Igreja: o diabo, o mundo e a carne. Sabendo que João Batista é o Elias de que deveria vir, precisamos usar de violência, porque o Reino dos Céus já chegou. Mas, infelizmente, podemos nos assemelhar com a geração que Jesus apresenta por meio de parábola: indiferente!
“Com quem vou comparar esta geração? É parecida com crianças sentadas nas praças, gritando umas para as outras: Tocamos flautas para vós e não dançastes. Entoamos cantos de luto e não chorastes! Veio João, que não come nem bebe, e dizem: Tem um demônio. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: É um comilão e beberrão, amigo de publicanos e de pecadores. Mas a sabedoria foi reconhecida em virtude de suas obras.”
Neste texto, Jesus tem uma ordem que é uma advertência a termos especial atenção a este evangelho: “Quem tem ouvidos, ouça”. O Reino dos violentos está nas pessoas que creem em Deus de coração.
Leia o trecho em Mt 11, 7-19
Na Bíblia CNBB; página 1214.
Título: João, o Reno e a geração presente
Ordens
Mt 11, 15
“Quem tem ouvidos, ouça.”
Princípios Eternos
Mt 11, 9-14.16-19
“Que fostes ver então? Um profeta? Sim, eu vos digo, e mais do que profeta. Este é de quem está escrito: Eis que envio meu mensageiro à tua frente, para preparar o teu caminho diante de ti.
Em verdade eu vos digo, entre todos os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João Batista. No entanto, o maior no reino dos céus é maior do que ele. A partir dos dias de João Batista até agora , o Reino dos céus sofre violência, e os violentos procuram arrebatá-lo. Pois até João foi o tempo dos profetas – de todos os profetas da Lei. E, se quereis aceitar, ele é o Elias que há de vir.”
“Com quem vou comparar esta geração? É parecida com crianças sentadas nas praças, gritando umas para as outras: Tocamos flautas para vós e não dançastes. Entoamos cantos de luto e não chorastes!
Veio João, que não come nem bebe, e dizem: Tem um demônio. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: É um comilão e beberrão, amigo de publicanos e de pecadores. Mas a sabedoria foi reconhecida em virtude de suas obras.”
Anote em seu diário qual a mensagem de Deus para você e como pôr isso em prática.
Qual a mensagem de Deus para mim hoje?
O Reino dos Céus é o reino dos violentos.
Como posso pôr isso em prática?
Usando-se da violência para permanecer na graça de Deus.