O cristão crê na ressurreição ou na reencarnação? Há uma diferença entre uma e outra, tão grande e profunda, que é impossível coexistirem no coração do cristão.
“Se não escutam Moisés nem os profetas, mesmo se alguém ressuscitar dos mortos, não acreditarão.”
Jesus conta mais uma parábola que fala da nossa salvação e do Reino de Deus, mas também da realidade da ressurreição dos mortos em extrema contraposição à reencarnação.
A história é bem conhecida, pois ela acontece ainda hoje. Um rico, sem nome, esbanja sua riqueza em festas e banquetes todos os dias, e um pobre chamado Lázaro ou ‘Eleazar’, que quer dizer ‘Deus ajuda’, ‘Deus socorre’, ficava à porta do rico, cheio de feridas, alimentando-se das suas migalhas enquanto os cães lambiam suas feridas.
Lázaro morreu, e os anjos o levaram para o céu. Morreu também o rico, e foi enterrado. Repare a diferença no fim de um e de outro. Um destinado à vida, à ressurreição, e o outro destinado à morte, com a falsa esperança na reencarnação.
Jesus alerta para o fato de que não podemos viver, aqui neste mundo, como se os outros não existissem, sobretudo se podemos fazer alguma coisa por eles. Se assim o fizermos, não haverá lugar para nós no céu.
A Palavra não diz que o rico era um pecador, simplesmente ele vivia para si mesmo, ignorava o pobre que morava à sua porta e que estava cheio de necessidades.
Por que então não o ajudava? Por que não usava de sua riqueza para fazer o bem?
O cântico de Maria se realiza plenamente no Reino de Deus: ‘Saciou os indigentes de bens e despediu os ricos de mãos vazias’. Um foi salvo e o outro se perdeu.
Outra realidade é a ressurreição dos mortos e não a reencarnação. Na parábola, o Rico pede a Abraão para que deixe Lázaro avisar a sua família, para que se convertam a fim de não receberem a mesma sorte que ele. Mas Abraão responde: Eles tem Moisés (a Lei) e os profetas, que os escutem! Ora, toda revelação do Antigo Testamento já dava suficiente instrução para que o homem se salvasse, mas eles não obedeciam.
Então o rico apela: Mas se alguém dentre os mortos for lá, eles acreditarão! Abraão responde: Se não acreditam em Moisés e nos profetas, nem se alguém RESSUSCITAR dos mortos (Jesus), eles acreditarão! Assim, fica claro que os mortos não voltam para visitar ninguém, nem dar recados! Haverá ressurreição e não reencarnação.
Uma realidade bem diferente são as visões de alguns santos, como de Dom Bosco que viu São Domingos Sávio em sonho, depois que este já havia morrido. Ora, Dom Bosco não era um homem pagão necessitado de conversão, mas um santo homem de Deus! Não houve invocação dos mortos, mas Comunhão dos Santos, uma verdade de fé da nossa Igreja Católica. (CIC 946 a 962)
E isso não acontece com todos os santos, mas com poucos, e demora muito até que a Igreja comprove a veracidade dos fatos.
Não há reencarnação, mas sim Ressurreição. Cristo está vivo! É assim ainda hoje!
Veja também: https://cleofas.com.br/o-que-e-a-comunhao-dos-santos-2/
Leia o trecho em Lc 16,19-31
Na Bíblia CNBB, página 1295-1296
Título: O rico e o indigente, Lázaro
Princípios Eternos
Lc 16,19-31
“Havia um homem rico que se vestia com roupas finas e elegantes, e dava festas esplêndidas todos os dias. Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, ficava sentado no chão junto à porta do rico. Queria matar a fome com as sobras que caiam da mesa do rico, mas, em vez disso, os cães vinham lamber suas feridas. Quando o pobre morreu, os anjos o levaram para junto de Abraão.
Morreu também o rico e foi enterrado. Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe Abraão com Lázaro ao seu lado. Ele gritou: Pai Abraão, tem compaixão de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas. Mas Abraão respondeu: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste teus bens; e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. Além disso, há um grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem daí poderiam atravessar até nós.
O rico insistiu: Pai, eu te suplico, manda então Lázaro até a casa do meu pai, porque eu tenho cinco irmãos. Que ele os avise, para que também não venham para este lugar de tormento. Mas Abraão respondeu: Eles tem Moisés e os Profetas! Que os escutem! O rico insistiu: Não, Pai Abraão. Mas se alguém dentre os mortos for até eles, certamente vão se converter. Abraão, porém, lhe disse: Se não escutam Moisés, nem os Profetas, nem mesmo se alguém ressuscitar dos mortos, não acreditarão.”
Qual a mensagem de Deus para mim hoje?
Meu coração precisa ser generoso e atento às necessidades dos meus próximos, ainda que eu não seja um rico. Há sempre pessoas ao meu lado que posso ajudar e contribuir.
Como posso pôr isso em prática?
Não ficar nas palavras, mas agir! Ajudar os vicentinos com mantimentos da minha casa. Dar uma esmola a alguém da rua que me pedir ou eu ver que precisa, quando posso dar.