Maria e a manifestação de Deus

A Virgem Maria e a manifestação de Deus em Jesus Cristo.

A VirgemMaria e a manifestação de Deus em Jesus Cristo.Neste dias, nos quais celebramos a Solenidade da Epifania do Senhor, refletiremos sobre a Virgem Maria e a manifestação de Deus em Jesus Cristo. A Virgem de Nazaré foi aquela que mostrou aos Magos o Menino Deus, o novo Rei do mundo (cf. Mt 2, 11). Nossa Senhora, como Mãe amorosa, mostra Jesus Cristo também a nós e nos ajuda a ser indicadores da estrada que conduz a Ele. Na Epifania do Senhor, na manifestação do amor de Deus, aprendemos como somos levados ao encontro com Cristo e como, a exemplo de Maria, mostrar Jesus aos homens e mulheres de nosso tempo.

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Neste encontro com Cristo, no qual acontece a manifestação do infinito amor de Deus, é Ele próprio que nos conduz. Como os pastores, que foram os primeiros convidados pelo Anjo para ir até junto do Menino recém-nascido, deitado na manjedoura (cf. Lc 2, 8,-12). O Papa Emérito Bento XVI ensina que os pastores personificam os pobres de Israel, as almas simples que interiormente vivem muito perto de Jesus (cf. Homilia do Papa Bento XVI na Solenidade da Epifania do Senhor, em 06 de janeiro de 2013). A iniciativa do convite foi de Deus, que através do Anjo os conduziu à manifestação do amor de Deus, na pessoa do Menino Jesus. Por Maria, aquela que mostra o Menino recém-nascido aos pastores, o Senhor manifesta o seu amor pelos homens. Porém, Deus não manifestou seu amor somente aos pastores, mas também aos Magos vindos do oriente.

O Papa Bento XVI também ensina que “os homens vindos do Oriente personificam o mundo dos povos, a Igreja dos gentios: os homens que, ao longo de todos os séculos, se encaminham para o Menino de Belém, n’Ele honram o Filho de Deus e se prostram diante d’Ele” (Idem). Deus manifestou-se a homens de todos os lugares, de todos os continentes, das mais diversas culturas, das diferentes formas de pensamento e de vida. Todos se puseram, e estão, a caminho de Cristo, por isso, “podemos verdadeiramente dizer que esta peregrinação e este encontro com Deus na figura do Menino é uma Epifania da bondade de Deus e do seu amor pelos homens” (Idem). Com já dissemos, Nossa Senhora foi aquela que mostrou o Menino aos Magos (cf. Mt 2, 11), o seu “sim” incondicional à vontade do Senhor (cf. Lc 1, 38) possibilitou o encontro com Jesus Cristo, não somente àqueles homens vindos do Oriente, mas à todos homens e mulheres de boa vontade.

A inciativa da manifestação do Amor em Jesus Cristo aos homens é sempre de Deus. Mas, como Maria e José (cf. Lc 2, 16), somos chamados a mostrar o Senhor a tantos quantos Ele nos enviar. Como a Virgem de Nazaré, que foi a primeira Igreja, o primeiro templo vivo de Deus, também nós devemos ser templos onde se manifesta o amor de Deus. A presença de Maria e José, unidos em oração e na contemplação do Menino Deus, nos mostra qual é a primeira atitude para quer mostrar o Senhor aos homens. A primeira atitude é colocar-se diante de Deus em oração, senão podemos nos tornar obstáculos, esconder e não mostrar o Senhor. Fazer as coisas é necessário, mas o essencial é permanecermos sempre unidos em oração diante de Deus.

Assim, peçamos a Virgem Maria a coragem e a humildade da fé, que tiveram os Pastores e os Magos do Oriente para acolher o chamado de Deus e sermos testemunhas da manifestação do amor de Deus por todos os homens. Supliquemos a Nossa Senhora que, da mesma forma que ela acolheu com docilidade os desígnios do Senhor, acolhamos também a sua vontade, para podermos mostrar Jesus Cristo a todos os homens e mulheres de nosso tempo. Como Maria e José, nos unamos em oração e na contemplação de Deus, na expectativa da Sua manifestação definitiva no Reino dos Céus. Vinde Senhor Jesus! (cf. Ap 22, 20).

Ouça homilia do Padre Paulo Ricardo nesta Solenidade da Epifania do Senhor: 

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