A Virgem Maria, Rainha do universo, se fez serva em nosso favor.
Na catequese desta semana, O Papa Bento XVI nos trouxe uma reflexão sobre a memória de Nossa Senhora Rainha, a Mãe do Senhor, que se fez serva. Esta festa foi estabelecida pelo Papa Pio XII no final do Ano Mariano, através da Carta Apostólica Ad caeli Reginam, na festa da maternidade de Nossa Senhora, no dia 11 de outubro do ano de 1954. Depois da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, a celebração passou para oito dias após a Solenidade da Assunção da Virgem Maria. Com essa mudança, o Concílio quis destacar e estreita relação entre a realeza de Nossa Senhora e a sua glorificação em corpo e alma, junto ao seu Filho Jesus Cristo. “Maria foi assunta à glória celeste e exaltada por Deus como Rainha do universo, para que fosse plenamente conformada a seu Filho” (LG 59). Mas, como entender a realeza da Virgem Maria com o seu ser serva?
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Maria é Rainha porque associou-se de forma única a seu Filho, tanto em sua vida terrena, como na glória do Céu. Ela participa da responsabilidade e do amor de Deus para com o mundo. A realeza deste mundo está associada com o poder e a riqueza. Mas, este não é o tipo de realeza de Jesus e Maria. A realeza de Cristo é revestida de humildade, serviço, amor. Jesus foi proclamado Rei na cruz (cf. Mc. 15,26). Ele é rei sofrendo conosco, por nós, amando-nos até o fim. Cristo governa e inaugura o amor, a verdade e a justiça.
Jesus Cristo é um rei que serve e, da mesma forma, Maria é Rainha no serviço a Deus para a humanidade. Ela é Rainha do amor, que vive o dom de si a Deus para entrar no plano de salvação do homem. Ela é Rainha amando-nos, ajudando-nos em todas as nossas necessidades, é a nossa irmã, serva humilde. Nossa Senhora, é Rainha cuidando de seus filhos, que se voltam a ela em oração, para agradecer ou para pedir sua ajuda e proteção maternais.
Hoje, nos voltamos para Maria confiantes em sua contínua intercessão junto a Jesus, de quem provém toda graça e misericórdia necessárias para a nossa peregrinação terrestre. A Cristo, nos voltamos confiantes através da Virgem Maria, que é invocada como uma Rainha do Céu por oito vezes, depois da oração do Santo Rosário, na ladainha lauretana. Essas invocações antigas e orações diárias como a Salve Rainha, ajuda-nos a compreender que a Virgem Maria está junto a seu Filho Jesus no céu, mas também está conosco, em todos os dias da nossa vida.
O Santo Padre encerrou sua catequese dizendo que “a devoção a Nossa Senhora é um elemento importante da vida espiritual”. Em nossa oração, não deixemos de recorrer com confiança a Maria, que não deixará de interceder por nós junto a seu Filho. Olhemos para ela e imitemos a sua fé, a sua disponibilidade para acolher o projeto do amor de Deus, o generoso acolhimento de Jesus. Maria é a Rainha do céu, está perto de Deus, mas é também a Nossa Mãe. Maria está perto de cada um de nós, ela nos ama e ouve a nossa voz.