O Papa Bento XVI nos ensina o que significa a Assunção da Virgem Maria para a Igreja .
O Papa Bento XVI, na Solenidade da Assunção da Virgem Maria, celebrada no dia 15 (quarta-feira) em Castel Gandolfo, na Itália, nos recorda a importância do culto a Nossa Senhora na Igreja. Segundo ele, as palavras de Maria: “Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz” (Lc 1,48), são uma profecia para toda a história da Igreja. Estas “indicam que é um dever da Igreja recordar a grandeza de Nossa Senhora para a fé”. Ele também diz que a Solenidade da Assunção é um convite para louvar Deus, e olhar para a grandeza de Nossa Senhora, para que O conheçamos na face dos seus.
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Segundo o Santo Padre, o Magnificat, canto ao Deus vivo, que age na história, é um “hino de fé e de amor, que brota do coração da Virgem”. Ela viveu com fidelidade a Palavra de Deus dada a Abraão, Isaac e Jacó, e as guardou no mais íntimo do seu coração, até torná-la disponível para acolher em seu ventre o Verbo de Deus feito carne. Grávida de Jesus, Maria visita sua prima Isabel. Ela experimentou a visita de Deus com o nascimento de João Batista, mas também com visitação de Maria, a Nova Arca da Aliança, que porta o Filho de Deus.
Na Assunção de Maria, vemos que em Deus há espaço para o homem. Ele mesmo é a casa com muitas moradas da qual fala Jesus (cf. Jo 14, 2). Maria, que está unida a Deus, não se distancia de nós, pois Deus está perto de todos nós. São Gregório Magno disse que o coração de São Bento tornou-se grande, por isso, toda a criação podia entrar em seu coração. Isso vale ainda mais para Maria, pois, “unidade totalmente a Deus, tem um coração tão grande que toda a criação pode entrar neste coração, e os testemunhos em todas as partes da terra o demonstram. Maria está perto, pode escutar, pode ajudar, está perto de todos nós”.
Em Deus há espaço para o homem e nele há espaço para Deus. “Vemos isso em Maria, a Arca Santa que porta a presença de Deus”. Esta presença de Deus, que ilumina o mundo na sua tristeza, em seus problemas, se realiza na fé. Pela fé abrimos as portas para Deus, como Maria se abriu. Abrindo-nos a Deus, não perdemos nada, mas, ao contrário, nossa vida torna-se rica e grande. “Deus nos espera”, esta é a grande alegria e a grande esperança que nasce desta festa.
Ao final de sua catequese, Bento XVI nos convida a confiar na materna intercessão da Virgem Maria, para que Deus nos ajude a reforçar nossa fé na vida eterna e a viver bem o tempo que Deus nos oferece com a esperança. Não uma esperança como uma nostalgia do Céu, mas um desejo vivo e operante de Deus. Esta esperança nos torna peregrinos incansáveis, dando-nos a coragem e a força da fé que, ao mesmo tempo, é coragem e força no amor.