Qual é o sentido da vida?

“Agora vemos num espelho, confusamente, mas, então, veremos face a face. Agora, conheço apenas de modo imperfeito, mas, então conhecerei como sou conhecido” (1 Cor 13, 12).

Qual a relação de nossa vida com a de Cristo?Estas palavras da Carta de São Paulo aos Coríntios expressam o grande mistério da vida do homem sobre a terra. Muitos se perguntam: qual é o sentido da vida? Por que vim a este mundo? Refletir sobre estas questões é importante pois nossa vida tem um sentido, tem uma razão de ser. Não viemos ao mundo por mero acaso. Porém, nesta vida não compreenderemos totalmente nossa existência. Nesta vida sempre veremos como num espelho, confusamente (cf. 1 Cor 13, 12). Pois, não somos capazes de compreender os desígnios de Deus.

Somente na eternidade, junto de Deus, seremos capazes de nos compreender verdadeiramente. Hoje, nem a nós mesmos somos capazes de entender. Se não somos capazes de nos compreender, muito menos seremos capazes de conhecer a vontade de Deus a nosso respeito. Mas, então o que fazer diante de tantas dúvidas, de tantos questionamentos que nos vêm ao pensamento?

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Não somos capazes de compreender o mistério da vida humana, pois somente quem nos criou é capaz. Nossa vida tem um sentido, um fim último, que é voltar ao Criador, ao nosso Pai, que está nos Céus. A existência terrena é uma passagem para esta vida plena, na qual veremos face a face. A vida neste mundo é uma preparação para a vida eterna junto de Deus.

Nesse caminho para nos encontrar com o Senhor, Paulo nos aponta um caminho excelente. Ele nos convida a aspirar os dons mais elevados e nos mostra um caminho incomparavelmente superior (1 Cor 12, 31). O Apóstolo dos gentios nos apresenta o caminho da caridade, do amor gratuito, sem interesses (cf. 1 Cor 13, 5).

Jesus foi a expressão máxima da caridade, do amor incondicional e perfeito de Deus pelo homem. Porém, podemos dizer: Ele é Deus. Como nós, que somos imperfeitos, podemos amar como Cristo nos amou? É verdade que sozinhos não podemos amar como o Senhor nos amou. Mas, com o auxílio de Deus, somos capazes de amar, de nos entregar inteiramente ao desígnio de Deus. A prova disso é que a Virgem Maria, humana como nós, entregou-se amorosamente à vontade do Pai. Entregou-se inteiramente ao projeto de Deus, gerando em seu ventre o Verbo Eterno, Jesus Cristo, pela ação e força do Espírito Santo.

Nossa Senhora foi capaz de realizar o desígnio de Deus a seu respeito porque foi dócil à ação do Espírito Santo e recebeu em grande medida o maior dos dons, que é a caridade (cf. 1 Cor 13, 13). Se queremos também realizar a vontade de Deus em nossas vidas, aprendamos na escola de santidade da Virgem Maria. Consagremo-nos inteiramente a ela, pois o próprio Cristo, Deus e homem, confiou-se inteiramente a sua Mãe. Ela gerará, pelo Espírito, Jesus Cristo em nós e, com Ele, receberemos o dom da caridade, que se se expressa principalmente pela profecia, pelo anúncio do Evangelho da salvação. Se queremos nos realizar, deixemos que Jesus seja gerado em nós, para que possamos amar como Ele nos amou. Este é o sentido de nossa vida, buscar o Reino dos Céus, onde veremos face a face (cf. 1 Cor 13, 12) e nos realizaremos plenamente.

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