A Imaculada Conceição de Virgem Maria expressa a verdadeira vocação da humanidade.
Em tempos nos quais dizem não existir verdade objetiva, a Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria expressa a verdadeira vocação da humanidade, de cada um de nós homens e mulheres, imagem e semelhança de Deus (cf. Gn 1, 26). Segundo o Beato João Paulo II, “o mundo atual, no qual se manifestam, com frequência cada vez maior, os sinais de dissolução da ordem moral, põe em evidência a crescente necessidade de uma humanidade autêntica, que leve à verdadeira santidade” (Papa João Paulo II, Discurso aos membros da Academia Pontifícia da Imaculada, em 25 de março de 1994). A humanidade autêntica, que leva à verdadeira santidade, são os valores fundamentais que resplandecem de modo eminente na Imaculada Virgem Maria.
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O Pontífice explica que o dogma da Imaculada Conceição – testemunhado na história da Igreja por uma longa tradição e definido com um solene ato do Magistério da Igreja, por parte do seu predecessor, o Papa Pio IX, em 8 de dezembro de 1854 – propõe novamente ao homem do nosso tempo o ideal de humanidade previsto no desígnio de Deus. Por isso, o Papa João Paulo II afirma a necessidade deste dogma ser sempre aprofundado e atualizado nos seus aspectos bíblico, espiritual e cultual, a fim de ser posteriormente anunciado ao homem do nosso tempo através de iniciativas pastorais apropriadas.
O Papa João Paulo II ensina que devemos considerar a Virgem Maria como amparo seguro na luta contra as potências do mal, como luz brilhantíssima de verdade, como motivo invencível de esperança e de alegria. Nossa Senhora “fala-nos de uma vitória total sobre o mal, pela qual, ao colocarmo-nos no seu seguimento – e por isso no seguimento de Cristo – podemos esperar ser totalmente purificados do pecado e tornar-nos, também nós, santos e imaculados. (Papa João Paulo II, Angelus de 8 de dezembro de 1989).
Na Santíssima Virgem Maria há uma abertura total à força de Deus, que é amor. Nossa Senhora é completamente transparente e límpida na sua fé: ela é a “Feliz porque acreditou” (Lc 1, 45). Não há na Virgem Imaculada o impedimento do pecado, nem sequer do pecado original. O amor redentor do seu Filho abraçou-a e penetrou-a, já desde o primeiro momento da concepção por parte dos seus pais terrenos” (Papa João Paulo II, Homilia em 8 de dezembro de 1991).
Como a Virgem Maria, o Santo Padre nos convida à liberdade: “Sede mulheres e homens livres!” (Papa João Paulo II, Homilia de 15 de agosto de 2004). Entretanto, devemos recordar que a liberdade humana é uma liberdade sempre marcada pelo pecado. Por isso, a liberdade humana tem necessidade de ser libertada e Cristo é o Libertador. Jesus nos libertou para que sejamos verdadeiramente livres (cf. Gal 5, 1). Libertos do pecado, devemos defender a nossa liberdade! Para isso, sabemos que podemos contar com a Imaculada Virgem Maria, que sem jamais ter cedido ao pecado, é a única criatura perfeitamente livre. É a Nossa Senhora que João de Deus nos confia: “Caminhai com Maria, ao longo do trajeto da realização da vossa humanidade!” (Idem).