Maria na Palavra de Deus

A Virgem Maria está presente na Palavra de Deus desde o Antigo Testamento, na figura da “Mulher”, a “Filha de Sião”.

A Virgem Maria está presente na Palavra de Deus desde o Antigo Testamento.A Palavra de Deus, Antigo e Novo Testamento, e a Tradição da Igreja mostram de modo cada vez mais claro o papel da Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo, na economia da salvação. “Os livros do Antigo Testamento descrevem a história da salvação na qual se vai preparando lentamente a vinda de Cristo ao mundo” (Constituição Dogmática Lumen Gentium, 55). Esses antigos escritos, lidos na Igreja e interpretados à luz da Tradição, evidenciam a figura de uma mulher, a Mãe do Filho de Deus. “Maria encontra-se já profeticamente delineada na promessa da vitória sobre a serpente (cf. Gn 3,15), feita aos primeiros pais caídos no pecado” (Constituição Dogmática Lumen Gentium, 55).

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Na maldição da serpente: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3, 15), os Padres da Igreja viram uma primeira promessa do Redentor, uma referência à descendência que esmagará a cabeça da serpente. “Não houve na história um único instante sem Evangelho. No momento da queda começa também a promessa. Para os Padres, era também importante o fato de já nesse momento inicial o tema cristológico estar inseparavelmente ligado ao tema mariano” (Joseph Ratzinger, Maria, a primeira Igreja, p. 49). A primeira promessa de Jesus Cristo, decifrável somente através de uma iluminação posterior, é uma promessa à mulher, através da mulher.

Nossa Senhora é a Virgem, que conceberá e dará à luz um Filho cujo nome será Emanuel (cf. Is 7,14), que significa Deus está conosco. Ela é aquela que gerará o futuro governante de Israel, que nascerá em Belém de Éfrata (cf. Mq 5, 2-3). Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que o Senhor tinha dito através do profeta: “Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus conosco” (Mt 1, 22-23).

A Septuaginta, versão da Bíblia hebraica em grego, traduziu o termo hebraico alma do texto de Isaías (cf. Is 7,14), que significa jovem, pelo grego parthenos, que significa virgem. Essa é a compreensão de Mateus ao falar da origem singular do Filho de Deus humanado” (Alois Müller; Dorothea Sattler, Mariologia, In Manual de Dogmática, p. 151). A Virgem Maria é a excelsa Filha de Sião (cf. Sf 3, 14), em quem se realiza a promessa, se cumprem os tempos e se inaugura a nova economia da salvação, quando o Filho de Deus dela recebeu a natureza humana, para libertar o homem do pecado com os mistérios da Sua vida terrena (cf. Constituição Dogmática Lumen Gentium, 55).

Assim, a Virgem Maria se faz presente na Palavra de Deus e no desígnio de salvação da humanidade de modo único. Desde o momento da queda, a promessa de Deus esteve presente (cf. Gn 3,15). O Messias, Jesus Cristo, e a “Mulher”, a Virgem Maria, estão presentes de modo inseparável na economia da salvação da humanidade. A Palavra de Deus e a Tradição da Igreja atestam que em Nossa Senhora se realizaram as promessas do Antigo Testamento, pois nela foi concebido, pelo Espírito Santo, o Messias enviado do Pai, o Salvador da humanidade.

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