Os primeiros discípulos de Jesus Cristo foram homens e mulheres cheios do Espírito Santo.
Nos tempos que vivemos hoje, como sermos cheios do Espírito Santo? Jesus Cristo ensinou a seus discípulos, e ensina a cada um de nós hoje através da Palavra de Deus, que o amor é o vínculo que nos une a Ele. Porém, este amor que somos chamados a ter pelo Senhor não é mero sentimento, que passa com o tempo. O amor que nos une a Deus passa, em primeiro lugar, pela obediência à Sua Palavra: “Se me amais, observareis os meus mandamentos” (Jo 14, 15). Quem obedece a Palavra de Deus, recebe o Amor do Pai e do Filho, torna-se cheio do Espírito Santo: “E eu pedirei ao Pai, e ele vos dará um outro Defensor” (Jo 14, 16).
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A obediência a Palavra de Deus não pode ser uma obediência cega, mas deve ser fruto de um acolhimento de fé da Sagrada Escritura, que não dispensa o uso da razão e da vontade humana. Toda a história da Igreja está repleta de eventos que aconteceram porque a comunidade reunida pensou e decidiu os rumos que deveriam tomar. Tal obediência de nossa parte depende da nossa disposição interior para a escuta da Palavra no Espírito: “o Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito” (Jo 14, 26).
Nos Atos dos Apóstolos, os discípulos reunidos decidiram em comum acordo que deveriam eleger um deles para ficar no lugar de Judas Iscariotes (cf. At 1, 15ss), ainda que Jesus não tenha recomendado expressamente que deveriam fazer isso. Depois da sua Ascensão aos Céus, os apóstolos e discípulos permaneceram em Jerusalém, como havia recomendado o Senhor (cf. Lc 24, 49b), mas Ele não lhes recomendou que ficassem em comum oração (cf. At 1, 14). Desde o início da Igreja, a comunidade dos fiéis foi conduzida pelo Espírito Santo.
No Cenáculo em Jerusalém, o amor e a obediência dos primeiros discípulos de Jesus, reunidos em oração com a Virgem Maria, foram recompensados com o Amor do Pai e do Filho, com o Espírito Santo (cf. At 2, 1ss). Dessa forma, começou a missão da Igreja de levar ao mundo o Evangelho, a Boa Nova de Jesus Cristo a todas as nações da Terra. Cheios do Espírito, os apóstolos e discípulos começaram a pregar, a anunciar Jesus Cristo e a vida nova que Ele nos trouxe.
Na experiência da Igreja nascente, na comunidade reunida em oração com a Virgem Maria (cf. At 1, 14), encontramos o elo fundamental que nos liga à promessa de Jesus Cristo: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco” (Jo 14, 15-16). Encontramos na obediência à Palavra de Deus, na experiência da comunhão de vida e de oração, a expressão do amor que nos faz cheios do Espírito Santo, cheios do Amor do Pai e do Filho, que é o penhor da vida eterna.