Saiba o que a mensagem e Nossa Senhora de La Salette tem a dizer a respeito dos nossos dias e qual é o seu pedido urgente para nós.
Há 170 anos, no dia 19 de Setembro de 1846, aconteceu a aparição de Nossa Senhora em La Salette, na França, na qual a Mãe de Deus deixou uma mensagem que dizia respeito àquele tempo, mas também aos nossos dias. Nesta aparição, a Virgem Maria confiou uma mensagem aos videntes Maximino Giraud e Mélanie Calvat e, no mesmo ano, começaram a se cumprir as profecias. No entanto, muitas das coisas preditas diziam respeito às coisas que viriam a acontecer no século XX e no início do século XXI. Outras, porém, parecem que ainda estão para se cumprir.
A princípio, houve dúvidas sobre a autenticidade da aparição. Até mesmo uma personalidade extraordinariamente carismática como São João Maria Vianney, mais conhecido como o Santo Cura de Ars, na França, passou da aceitação à perplexidade, senão à rejeição completa da Aparição. Mas, depois de algum tempo, reconheceu plenamente a verdade da mensagem de La Salette[1]. Quando assaltado pela dúvida, o Santo se uniu ao mestre de São Paulo, o sábio Gamaliel, que disse a respeito dos apóstolos: “Se o seu projeto ou a sua obra provém de homens, por si mesma se destruirá; mas se provier de Deus, não podereis desfazê-la” (At 5, 38-39). Hoje, à distância de 170 anos, podemos dizer que, se a devoção a Nossa Senhora de La Salette permanece mais viva do que nunca, não podemos negar a autenticidade de sua mensagem.
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O cumprimento das primeiras profecias de Nossa Senhora
No ano anterior à Aparição, os agricultores injuriavam e blasfemavam contra o nome de Jesus Cristo quando encontravam batatas estragadas. A Mãe de Deus previu que essas pessoas continuariam com essa mesma atitude. Por isso, disse que naquele ano, em 1846, não haveria mais batatas. Além disso, previu que outros alimentos também faltariam:
Se tiverdes trigo, não se deve semeá-lo. Todo o que semeardes será devorado pelos insetos, e o que produzir se transformará em pó ao ser malhado.
Virá grande fome. Antes que a fome chegue, as crianças menores de sete anos serão acometidas de tremor e morrerão entre as mãos das pessoas que as carregarem. Os outros farão penitência pela fome. As nozes caruncharão, as uvas apodrecerão[2].
A partir daquele ano, as terríveis calamidades anunciadas pela Virgem Maria já começaram a se cumprir. Primeiramente, em 1846, houve uma terrível escassez de batatas que se espalhou, especialmente na Irlanda, e muitas pessoas morreram. A escassez de trigo e de milho foi tão severa, que mais de um milhão de pessoas morreram de fome na Europa. Além disso, uma doença acabou com todas as videiras na França. Provavelmente o castigo seria pior se não houvesse aquelas pessoas que aceitaram a mensagem de La Salette. Muitos católicos que haviam abandonado seus deveres religiosos voltaram a participar da Santa Missa. As lojas passaram a ser fechadas aos domingos e as pessoas pararam de fazer trabalhos desnecessários no Dia do Senhor. Além disso, os xingamentos e as blasfêmias contra Deus e o catolicismo foram diminuindo.
Muitos outros fatos terríveis aconteceram nos anos seguintes, exatamente conforme as profecias de Nossa Senhora, para perplexidade e confusão dos incrédulos.
Assista ou ouça programa do Padre Paulo Ricardo com o tema “Nova Ordem Mundial: a maior ameaça ao Cristianismo”:
As profecias de Nossa Senhora para o nosso tempo
Algumas profecias de Nossa Senhora de La Salette diziam respeito a tempos futuros, como a seguinte previsão: “Todos os governantes civis terão o mesmo plano, que será o de abolir e fazer desaparecer todo o princípio religioso, para dar lugar ao materialismo, ao ateísmo, ao espiritismo e a toda espécie de vícios”[3]. Este cenário político, social e religioso, delineado através dos últimos séculos, alcança em nossos dias um realismo surpreendente. Podemos dizer que esta é uma descrição exata dos tempos tenebrosos que vivemos atualmente.
Nossa Senhora profetizou que futuramente a Terra será castigada com toda a espécie de pragas, além da peste e da fome, que serão gerais. Ademais, disse que haverá guerras, até a última, que será comandada pelos dez reis aliados do Anticristo, que terão o objetivo de governar o mundo. A Virgem Maria também descreveu o tempo terrível que antecederia esses fatos, que parece dizer respeito aos nossos dias, mas também nos deu palavras de esperança:
Antes que isso aconteça, haverá no mundo uma espécie de falsa paz. Não se pensará senão em divertimentos. Os malvados se irão entregar a todo o gênero de pecados. Porém, os filhos da Santa Igreja, os filhos da fé, os meus verdadeiros imitadores, crescerão no amor de Deus e nas virtudes que me são mais queridas. Ditosas as almas humildes, dirigidas pelo Espírito Santo! Eu combaterei com elas, até chegarem à plenitude dos tempos[4].
Ouça homilia do Padre Paulo Ricardo com o tema “As lágrimas da Corredentora”:
O chamado de Maria aos Apóstolos dos Últimos Tempos
Em 1712, São Luís Maria Grignion de Montfort terminava seu precioso manuscrito intitulado “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”. Este ficou perdido durante 130 anos, sendo encontrado somente em 1842. Neste livro, São Luís Maria descreve os futuros consagrados a Jesus por Maria como “verdadeiros apóstolos dos últimos tempos”[5]. Quatro anos depois, Nossa Senhora confirma a profecia do Santo, dirigindo-se a esses seus fiéis devotos:
Eu dirijo um urgente apelo à Terra: chamo os verdadeiros discípulos do Deus Vivo, que reina nos céus; chamo os verdadeiros imitadores de Cristo feito homem – o único e verdadeiro Salvador dos homens; chamo os meus filhos, os meus verdadeiros devotos, os que se deram a mim, para que eu os conduza ao meu Divino Filho – aqueles que eu levo, por assim dizer, nos meus braços; chamo os que viveram do meu espírito; chamo, enfim, os Apóstolos dos Últimos Tempos, os fiéis discípulos de Jesus Cristo, que viveram no desprezo do mundo e de si próprios, na pobreza e na humildade, no desprezo e no silêncio, na oração e na mortificação, na castidade e na união com Deus, no sofrimento, e desconhecidos do mundo.
Já é hora de saírem e virem iluminar a Terra. Ide e mostrai-vos como meus filhos queridos. Estou convosco e em vós, desde que a vossa fé seja a luz que vos ilumine nesses dias de infortúnio. Que o vosso zelo vos torne como que famintos da glória e da honra de Jesus Cristo. Combatei, filhos da luz, vós, pequeno número que ainda tendes vista; porque chegou o tempo dos tempos, o fim dos fins[6].
Assim, temos motivos suficientes para crer na veracidade da aparição de Nossa Senhora de La Salette e consequentemente não podemos ficar indiferentes, como a maioria dos franceses daquele tempo. Ao contrário, somos todos chamados a santificar o Dia do Senhor, a ir à Santa Missa pelo menos aos domingos, enfim, a cumprir nossos deveres como verdadeiros católicos. Além disso, mesmo diante dos infortúnios, das angústias, dos sofrimentos, não devemos blasfemar e injuriar os nomes de Jesus e de Maria. Isso diz respeito a todos os fiéis. No entanto, a Virgem Maria faz um apelo premente, de modo particular, aos seus consagrados, os verdadeiros Apóstolos dos Últimos Tempos, para que se mostrem e façam todo o possível, com toda sorte de orações, penitências, sacrifícios, para que os tempos vindouros não sejam tão terríveis quanto os que foram profetizados. Nossa Senhora de La Salette, rogai por nós!
Natalino Ueda, escravo inútil de Jesus por Maria.
Artigos relacionados:
TODO DE MARIA. Nossa Senhora e a Nova Ordem Mundial.
TODO DE MARIA. Os Apóstolos dos Últimos Tempos.
TODO DE MARIA. O respeito ao santíssimo nome de Jesus.
TODO DE MARIA. A mensagem de Nossa Senhora de La Salette.
Referências:
[1] Cf. VITTORIO MESSORI. Hipóteses Sobre Maria.
[2] MAFALDA PEREIRA BÖING. La Salette – A Mãe Chora Por Seus Filhos, p. 20.
[3] DERRADEIRAS GRAÇAS. Aparição de Nossa Senhora em La Salete – França – 1846, 10.
[4] Idem, 15.
[5] SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem, 58.
[6] DERRADEIRAS GRAÇAS. Op. cit., 19.