A perseguição contra os cristãos no Egito e em outras partes do mundo é uma triste realidade dos nossos dias.
Em nosso tempo, em muitos países, como no Egito e na Síria, os cristãos são perseguidos, as igrejas são destruídas, a violência e a intolerância religiosa cresce cada vez mais. Como cristãos, somos chamados a nos unir à dor dos nossos irmãos, que de alguma forma são perseguidos pelo mundo inteiro. Porém, somos um só Povo de Deus, um só Corpo em Cristo (cf. Rm 12, 5), por isso não basta nos compadecer de nossos irmãos perseguidos. Para ajudar nossos irmãos que sofrem com a perseguição, todos nós cristãos podemos tomar algumas atitudes.
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Em primeiro lugar, nos esforcemos para nos santificar, pois somos membros do Corpo de Cristo: “Todos os membros se devem conformar com Ele, até que Cristo se forme neles (cf. Gl 4, 19). […] Ainda peregrinos na terra, seguindo as Suas pegadas na tribulação e na perseguição, associamo-nos nos seus sofrimentos como o corpo à cabeça, sofrendo com Ele, para com Ele sermos glorificados” (Constituição Dogmática Lumen Gentium, 7). Nesse processo de santificação, unimos os nossos sofrimentos aos sofrimentos de Cristo e aos de nossos irmãos perseguidos pelo mundo inteiro.
A segunda atitude que podemos assumir diante da situação de nossos irmãos cristãos, que sofrem com a violência, a perseguição e a morte, é a oração. Na oração mariana do Angelus do dia 15 de Agosto, na comemoração da Assunção de Maria, Papa Francisco disse que está unido em oração aos nossos irmãos perseguidos: “Desejo assegurar a minha oração por todas as vítimas e seus familiares, pelos feridos e por todos os que sofrem”. O Santo Padre, Papa Francisco, também recomenda que oremos pelos cristãos perseguidos: “Rezemos juntos pela paz, pelo diálogo, pela reconciliação naquela querida Terra e no mundo inteiro”. O Papa convidou os fiéis presentes e convida a cada um de nós a orar a Nossa Senhora pela paz mundial: “Maria, Rainha da paz, rogai por nós!”
A terceira atitude que podemos tomar em favor de nossos irmãos é oferecer jejuns, penitências, mortificações, obras de caridade. Nos unamos aos nossos irmãos da Igreja na Tunísia e do mundo inteiro, oferecendo jejuns, penitências, orações pela paz nos Países Árabes, que são palco de violência, provocada pela instabilidade política e pela intolerância religiosa. Em entrevista à Rádio Vaticano, Dom Ilario Antoniazzi disse: “É claro que o Egito, neste momento, deve ocupar um lugar especial na nossa oração. Temos visto quantas igrejas foram queimadas e vimos como o povo cristão egípcio está se comportando com grande honra e não se vingou nenhuma vez. Está vivendo o Evangelho do sofrimento. […] Acredito que tenha chegado o momento para o povo egípcio de suportar o sofrimento por amor a Cristo crucificado e devemos ajudá-los, nós, com a nossa oração e com o jejum, para que o Senhor dê a força e a coragem necessária. Rezemos também pelo povo muçulmano, porque também eles sofrem e são vítimas de uma ideologia que não é aquela do povo muçulmano, que por natureza é um povo fraterno ao qual agrada viver em paz com todos. Existem, porém, ideologias que às vezes se aproveitam deles e que levam os fiéis ao extremismo”.
Assim, nos esforçando em nosso próprio processo de santificação, orando e oferecendo sacrifícios, ajudaremos nossos irmãos perseguidos no Egito e no mundo inteiro. Em Cristo somos um só Corpo (cf. Rm 12, 5), que é a Igreja. Quando nos santificamos, oramos e oferecemos sacrifícios, todo o Corpo Místico da Igreja é beneficiado. Porém, se não nos esforçamos para buscar a santidade e vivemos no pecado, não rezamos e fazemos jejuns e penitências, todo o Corpo de Cristo é prejudicado. Por isso, ajudemos nossos irmãos e a nós mesmos, nos esforcemos para passar “pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição” (Mt 7, 13). Por fim, ofereçamos todos os nossos sacrifícios e as nossas boas obras a Virgem Maria, pois ela sabe quem mais precisa de ajuda. Nossa Senhora Auxiliadora dos cristãos, rogai por nós!