O ministério de São Luís Maria, sua vida missionária, começou logo após sua ordenação sacerdotal.
São Luís Maria Grignion de Montfort foi ordenado sacerdote em 5 de junho de 1700 e, neste mesmo ano, começou seu ministério, sua vida missionária. Desde o início de seu apostolado, experimentou várias decepções, que puseram à prova sua vocação. São Luís foi caluniado, incompreendido e injustiçado por várias vezes, mas manteve-se no silêncio e na obediência. Até um pároco, que era seu admirador, colocou-se contra ele. Em meio a tristeza e ao abandono, por parte até mesmo de seus melhores amigos, a Virgem Maria nunca o abandonou. Ao contrário, Nossa Senhora esteve sempre solícita em ajudá-lo em suas dificuldades.
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Desde o começo de sua vida sacerdotal, São Luís Maria sentia-se chamado a ser missionário. A este apostolado dedicou-se corpo e alma. Em muitas dioceses e inúmeras paróquias da França fez ouvir a sua voz de apóstolo e instrumento extraordinário, tendo sido responsável pela conversão de muitas almas. A bênção de Deus e a assistência do Espírito Santo eram visíveis em seu ministério, e Maria Santíssima era para ele mãe protetora e auxiliadora.
O Santo pregou muitas missões, que terminaram em verdadeiros triunfos de piedade e em conversões em massa. Porém, juntamente com o êxito de suas missões, vieram as perseguições. Mas, ao contrário do que podemos pensar, nos deparamos com ele bendizendo essas perseguições: “Jamais fui como hoje pobre, humilde e atribulado: homens e demônios movem contra mim uma guerra sumamente amável. Zombam de mim, caluniam-me, vejo eu em farrapos a minha própria fama, e minha pessoa em prisão! oh! dons preciosos!”
Montfort carregou uma pesada cruz. Por isso, ele chega a pensar em abandonar, por algum tempo, o seu ministério apostólico, para voltar-se à sua tendência para a vida contemplativa. Ele chegou a se associar aos eremitas do monte Valeriano. A passagem de São Luís por esse eremitério foi benéfica. Pois, pela palavra, mas principalmente pelo seu exemplo e espírito de penitência, ele restabeleceu a ordem e a disciplina naquela comunidade. Depois de algum tempo, o Santo foi chamado de volta ao hospital de Poitiers, para o seu posto na vida de caridade e sacrifício. Com seu retorno, voltou a onda de perseguições que quase conseguiu abatê-lo.
Tendo em vista essas dificuldades, São Luís Maria foi à Roma para pedir ao Papa Clemente XI a licença para ser missionário em outros países. Entretanto, o Santo Padre pediu para ele voltar para a França, para combater o jansenismo (doutrina que pregava um rigorismo que esfriava o amor de muitos e afastava os fiéis dos sacramentos), dando-lhe o título de Missionário Apostólico. Obediente ao às ordens do Papa, o Sacerdote volta para a França. O Padre Luís Maria começou a sua carreira apostólica em 1705, no subúrbio de Montfort, em um bairro conhecido como foco de vícios e maldades. Continuando seu apostolado, ele dirigiu-se também a outras localidades. São Luís deixou os lugares por onde passou completamente transformados e regenerados.
Assim, percebemos que desde o início do seu ministério apostólico, São Luís Maria passou por várias provações. O Santo foi caluniado, desprezado, perseguido, até mesmo pelos seus irmãos padres. Porém, mesmo com estas perseguições, ele não deixou de se dedicar à pregação, levando muitas almas para Deus. Sua experiência de perseguição e de sofrimento mostrou a ele que estas cruzes são dons preciosos concedidos por Deus. Por sua vida aprendemos a abraçar a cruz de Cristo nos sofrimentos, nas angústias, e a perseverar no anúncio do Evangelho e no testemunho de vida.
Fonte: Página Oriente.