O que entregar como tributo na consagração?

Saiba o que podemos entregar como tributo a Jesus Cristo e a Virgem Maria no dia da nossa consagração ou escravidão de amor.

No dia da consagração, da nossa entrega total, é bom e recomendável que prestemos algum tributo ou homenagem a Jesus Cristo e a sua Mãe Maria Santíssima. Podemos pagar o tributo também na renovação de nossa consagração. Esse tributo é oferecido em sinal de penitência, por nossa infidelidade às promessas do Batismo, ou para manifestar a nossa dependência, o domínio de Jesus e de Maria sobre nós [1].

Saiba o que podemos entregar como tributo a Jesus Cristo e a Virgem Maria no dia da nossa consagração ou escravidão de amor.

O tributo dos magos do oriente ao Menino Jesus

O tributo é oferecido segundo a nossa devoção, capacidade e possibilidade. São Luís Maria Grignion de Montfort, no seu livro “Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem”, dá alguns exemplos de tributo: “um jejum, uma mortificação, uma esmola, uma vela. Ainda mesmo que não dessem mais que a homenagem de um alfinete, mas de todo o coração, isso bastaria, pois Jesus só olha a boa vontade”[2]. Ademais, podemos buscar outras opções de tributo nos ensinamentos da Igreja Católica e em outras partes do livro de São Luís Maria.

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Uma obra de misericórdia como tributo a Jesus Cristo e a Virgem Maria

As obras de misericórdia são ações caritativas, pelas quais ajudamos nosso próximo em suas necessidades corporais e espirituais. “Entre estes gestos, a esmola dada aos pobres (cf. Tb 4, 5-11; Eclo 17, 18) é um dos principais testemunhos da caridade fraterna e também uma prática de justiça que agrada a Deus”[3].

As obras de misericórdia corporais encontram-se, na sua maioria, nas palavras ditas por Jesus Cristo na descrição do Juízo Final (cf. Mt 25, 31-46). Quanto às obras de misericórdia espirituais, foram retiradas pela Santa Igreja de ensinamentos e de atitudes do próprio Mestre – o perdão, a correção fraterna, o consolo, suportar o sofrimento – e de outros textos que se encontram ao longo das Sagradas Escrituras.

Como tributo, podemos realizar uma das catorze obras de misericórdia, em honra a Jesus Cristo e a Nossa Senhora. Essas obras se dividem em dois grupos: corporais e espirituais.

As sete obras de misericórdia corporais:

1) Dar de comer a que tem fome;

2) Dar de beber a quem tem sede;

3) Dar pousada aos peregrinos;

4) Vestir os nus;

5) Visitar os enfermos;

6) Visitar os presos;

7) Enterrar os mortos.

As sete obras misericórdia espirituais:

1) Ensinar os ignorantes;

2) Dar bom conselho;

3) Corrigir os que erram;

4) Perdoar as injúrias;

5) Consolar os tristes;

6) Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo;

7) Rezar a Deus por vivos e defuntos.

Assista ou ouça programa do Padre Paulo Ricardo com o tema “’Moda’ não, mudança de vida!”:

Jejum, penitência, sacrifício ou oração como tributo a Jesus e a Maria

O tributo a ser oferecido na consagração, pode ser o jejum, a penitência, a mortificação do corpo e do espírito em honra da Santíssima Virgem. Podemos também fazer um pequeno sacrifício: ir caminhando para a Santa Missa; participar da Eucaristia de pé, oferecendo nosso lugar para alguma pessoa, ou sentados, mas sem encostar as costas no banco ou na cadeira, como costumava fazer Santa Teresinha.

Como tributo, podemos recitar com devoção, atenção e modéstia o Terço de cinco dezenas, contemplando os mistérios gozosos, dolorosos, gloriosos ou luminosos. Podemos igualmente rezar o Santo Rosário, composto de quinze ou vinte (se quisermos incluir os mistérios luminosos) dezenas de Ave-Marias, em honra dos quinze ou vinte mistérios principais de Jesus Cristo. Podemos também rezar: a coroa de seis ou sete dezenas de Ave-Marias em honra dos anos que se crê que é o número de anos que a Santíssima Virgem viveu neste mundo; ou a Coroinha da Santíssima Virgem, composta de três Pai-nossos e doze Ave-Marias, em honra de sua coroa de doze estrelas ou privilégios; ou o Ofício da Imaculada Conceição, muito conhecido e recitado pelo novo Povo de Deus; ou ainda o pequeno saltério da Santíssima Virgem, que São Boaventura compôs em sua honra[4].

O cuidado ou o uso das imagens como tributo a Jesus e a Maria

Como tributo agradável a Jesus e a Maria, podemos enfeitar um altar com a imagem de Nossa Senhora para a celebração no dia da nossa consagração. Podemos também coroar e enfeitar sua imagem ou carregá-la, se houver procissão no dia da consagração. Outra opção é trazer uma imagem conosco, não somente como tributo a nossa Mãe, mas também como uma arma eficaz contra o demônio. Será um tributo memorável se mandarmos fazer ou comprar imagens que representem a Virgem Maria, ou seu nome, e colocá-los nas igrejas, nas casas, nos pórticos ou na entrada das cidades, igrejas ou casas[5].

Entre tantas opções, para discernir qual escolher, peçamos a Virgem Maria que nos inspire um tributo agradável a ela e a Jesus Cristo. Podemos também perguntar qual é o tributo que ela gostaria receber de nossas mãos: o que devemos oferecer a vós e ao vosso Filho como tributo na nossa consagração (ou renovação)? Certamente que, de alguma forma, seremos inspirados a oferecer algum tributo em sinal de penitência, por nossa infidelidade às promessas batismais, ou para manifestar a nossa dependência do Filho de Deus e de sua Mãe santíssima.

Muitos desses tributos ou homenagens podem ser prestados a Jesus Cristo e a Virgem Maria com frequência ou até mesmo todos os dias, e não somente no dia da nossa consagração. Alguns dos tributos citados inclusive fazem parte das práticas exteriores recomendadas por São Luís Maria. Sendo assim, quando pudermos, não percamos a oportunidade render a Jesus e a Maria a devida homenagem.

Links relacionados:

PADRE PAULO RICARDO. Consagra-te! Cuiabá 2012.

TODO DE MARIA. A consagração a Maria e o combate espiritual.

TODO DE MARIA. A 7ª Campanha de Consagrações a Virgem Maria.

Referências:


[1]  SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem, 232.

[2]  Idem, ibidem.

[3]  PAPA SÃO JOÃO PAULO II. Catecismo da Igreja Católica, 2447.

[4]  SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT. Op. cit., 116.

[5]  Idem, ibidem.

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