Papa Francisco visitou a Terra Santa para um encontro fraterno e um verdadeiro diálogo com autoridades civis e religiosas.
Em preparação para a sua viagem à terra Santa, Papa Francisco foi à Basílica de Santa Maria Maior, que fica no centro de Roma, na Itália. Ele visitou a Basílica para rezar diante do ícone de Maria “Salus Populi romani” (protetora do povo romano), privadamente, e “confiar a Nossa Senhora sua viagem a Amã, Belém e Jerusalém”1. Como de costume, depois da sua oração, o Santo Padre ofereceu flores a Virgem Maria. Papa Francisco visitou a Terra Santa, do dia 24 a 26 de Maio, onde encontrou-se com autoridades eclesiásticas e civis, para dialogar especialmente sobre a promoção da vida, a busca pela comunhão, o amor fraterno e a paz no mundo.
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Na Declaração Conjunta do Papa Francisco e do Patriarca Ecumênico Bartolomeu, documento assinado durante a viagem apostólica, as autoridades eclesiásticas fazem um apelo para a ação conjunta a favor da vida e da sociedade: “a nossa fidelidade ao Senhor exige um encontro fraterno e um verdadeiro diálogo. […] Todavia, apesar de estarmos ainda a caminho para a plena comunhão, já temos o dever de oferecer um testemunho comum do amor de Deus por todas as pessoas, trabalhando em conjunto ao serviço da humanidade, especialmente na defesa da dignidade da pessoa humana em todas as fases da vida e da santidade da família assente no matrimônio, na promoção da paz e do bem comum e dando resposta ao sofrimento que continua a afligir o nosso mundo. Reconhecemos que a fome, a pobreza, o analfabetismo, a distribuição desigual de recursos devem ser constantemente enfrentados. É nosso dever procurar construir juntos uma sociedade justa e humana, onde ninguém se sinta excluído ou marginalizado”2.
Na Declaração Conjunta, o Papa Francisco e o Patriarca Ecumênico Bartolomeu também nos pedem orações pela paz na Terra Santa e no Médio Oriente: “Desta cidade santa de Jerusalém, exprimimos a nossa comum e profunda preocupação pela situação dos cristãos no Médio Oriente e o seu direito de permanecerem plenamente cidadãos dos seus países de origem. Confiadamente voltamo-nos para Deus onipotente e misericordioso, elevando uma oração pela paz na Terra Santa e no Médio Oriente em geral. Rezamos especialmente pelas Igrejas no Egito, Síria e Iraque, que têm sofrido mais pesadamente por causa dos eventos recentes. Encorajamos todas as Partes, independentemente das próprias convicções religiosas, a continuarem a trabalhar pela reconciliação e o justo reconhecimento dos direitos dos povos. Estamos convencidos de que não são as armas, mas o diálogo, o perdão e a reconciliação, os únicos meios possíveis para alcançar a paz”3.
No seu último compromisso oficial, Papa Francisco presidiu a Santa Missa no Cenáculo, celebrada com os Ordinários da Terra Santa e com a comitiva papal, na segunda-feira, 26. O Pontífice falou de um tema pouco tratado em nossos dias: “o sacrifício”. Segundo o Santo Padre, “o Cenáculo recorda-nos, com a Eucaristia, o sacrifício. Em cada celebração eucarística, Jesus oferece-Se por nós ao Pai, para que também nós possamos unir-nos a Ele, oferecendo a Deus a nossa vida, o nosso trabalho, as nossas alegrias e as nossas penas…, oferecer tudo em sacrifício espiritual”4.
No seu retorno, Papa Francisco visitou, na terça-feira, 27, a Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, para agradecer o “bom êxito” da viagem à Terra Santa. O Santo Padre esteve na Basílica por cerca de meia hora e rezou novamente diante da imagem de Nossa Senhora “Salus Populi Romani” (Protetora do Povo Romano). “Ao sair do Santuário, o Papa deixou um buquê de flores diante da imagem e cumprimentou os fiéis presentes no local”5.
Assim, percebemos que o Papa Francisco começa e termina suas ações voltando-se em oração para a Virgem Maria, primeiramente para suplicar, mas também para agradecer. Façamos como o Santo Padre: comecemos e terminemos nossas boas obras pelas mãos de Maria. Peçamos a Nossa Senhora a graça da comunhão, do amor a Deus e aos irmãos, que se traduz em atitudes de misericórdia e solidariedade. Oremos também pela paz na Terra Santa e no Médio Oriente, especialmente pelas Igrejas no Egito, Síria e Iraque, onde muitos cristãos são perseguidos e mortos por causa da sua fé. Por fim, supliquemos a Mãe da Igreja a coragem para oferecer nossa vida, nosso trabalho, nossas alegrias e tristezas, como sacrifício agradável a Deus. Nossa Senhora, Rainha da Paz, rogai por nós!
Referências:
1 Em véspera de viagem, Papa reza aos pés de Nossa Senhora, dia 23 de Maio de 2014.
3 Idem.
4 Homilia do Papa Francisco em Missa no Cenáculo, dia 26 de Maio de 2014.
5 Em visita à basílica, Papa agradece por viagem à Terra Santa, dia 27 de Maio de 2014.