Quem é Jesus para você?

Quem é Jesus para você? A resposta a esta questão é fundamental para as nossas vidas.

Jesus disse aos seus discípulos: "E vós, quem dizeis que eu sou?".Saber quem é Jesus Cristo para mim e para você é uma necessidade, não para Ele, mas para nós mesmos. Jesus perguntou aos seus discípulos e pergunta a cada um de nós: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mt 16, 15). Em certo momento de nossa vida de cristãos, nos será revelada a resposta a esta questão. Deus se revela a nós para que O conheçamos e, conhecendo-O, possamos responder a essa questão, como Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16, 16). Naquele momento, Deus-Pai revelou a Pedro a identidade de Jesus Cristo e isso determinou a vida e a missão do Apóstolo. Pois, Deus se revela ao homem para que este seja participante de Sua vida e da Sua ação neste mundo.

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Na profissão de fé de Pedro se revela o desígnio de Deus a seu respeito. Como primeiro entre os apóstolos, ele é chamado a confirmar na fé os seus irmãos. Porém, a sua vocação não se realizou por suas próprias forças. Temos uma prova disso logo depois de Jesus dizer que sobre Pedro edificará a Sua Igreja e lhe entregar as chaves do Reino dos Céus (cf. Mt 16, 18-19). O Mestre disse aos discípulos que deveria ir a Jerusalém, sofrer muito da parte dos anciãos, do sumo sacerdote e dos mestres da Lei, seria morto e ressuscitaria ao terceiro dia (cf. Mt 16, 21).

Pedro, sem pensar muito, disse: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isto nunca te aconteça!” (Mt 16, 22). Tendo ouvido isso, Jesus repreende-o: “Vai para longe, Satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus mas sim as coisas dos homens!” (Mt 16, 23). Depois da linda confissão de fé de Simão Pedro: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo” (Mt 16, 16), ele demonstra que não havia entendido nada do desígnio de Deus a respeito do sacrifício de Jesus e muito menos a respeito dele.

Isso fica claro quando Jesus é preso no monte das Oliveiras. Pedro, tentando defender o Mestre, toma a espada e corta a orelha de um dos servos dos sumo sacerdote (cf. Jo 18, 10). Novamente, Simão é repreendido por Jesus que diz: “Guarda a tua espada na bainha. Será que não vou beber o cálice que o Pai me deu?” (Jo 18, 11). Logo depois, Pedro seguiu Jesus e foi interrogado por três vezes se ele não era um dos discípulos de Cristo. Ele negou Jesus nessas três vezes e, como havia sido dito pelo Mestre, imediatamente o galo cantou (cf. Jo 18, 13-27).

Mesmo depois de tudo isso, Jesus aparece a Pedro e aos discípulos e confirma-o na sua missão. Ele pergunta a Pedro três vezes se ele O ama. Pedro, por sua vez, repete também por três vezes que O ama. Em resposta, por três vezes, Jesus confirma-o dizendo: “Apascenta as minhas ovelhas”. Depois, Ele continuou dizendo com que tipo de morte Pedro glorificaria a Deus (cf. Jo 21, 15-20).

Como compreender que Pedro, depois de tudo que fez, decepcionado consigo mesmo, ainda pode realizar a missão que Jesus lhe confiou? Para responder esta questão, nos voltamos para o acontecimento do Pentecostes. Depois, da morte, ressurreição e ascensão de Jesus, em obediência a Ele, os apóstolos e discípulos estavam reunidos em Jerusalém, juntamente com a Virgem Maria (cf. At 1, 14). Eles estavam unidos em oração quando receberam o Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas (cf. At 2, 4).

Depois de receber o dom do Espírito, Pedro começou a pregar e, de uma só vez, mais de três mil pessoas se converteram. O segredo do êxito de Pedro foi a fidelidade na oração em comum, juntamente com Maria, a Mãe de Jesus. Se queremos ser fiéis à vocação que o Senhor nos confiou, perseveremos na oração na Igreja, em comunidade, junto com Nossa Senhora. Maria, que é cheia do Espírito Santo, nos dá a docilidade necessária para a ação do Espírito em nós. Pelo mesmo Espírito, professamos a nossa fé em Jesus Cristo e podemos ser fiéis à vocação que Ele nos confiou.

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