O maior sacrifício que o homem pode oferecer a Deus é um coração arrependido.
Mais do que holocaustos e sacrifícios, o Senhor nosso Deus quer um coração arrependido pelos nossos pecados. Jesus Cristo conta a parábola do fariseu e do publicano para nos explicar como ter esse coração contrito e humilde diante de Deus e dos homens. Os fariseus eram conhecidos como cumpridores da Lei, homens de oração, honestos, que faziam jejuns e ofereciam dons e sacrifícios a Deus. Já o publicano, cobrador de impostos do Império Romano, era considerado como um pecador público pelos judeus.
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O fariseu e o publicano foram para o templo para rezar (cf. Lc 18, 10). O primeiro, agradeceu a Deus porque era um homem de bem, que não fazia o mal como os ladrões, os adúlteros, e como aquele cobrador de impostos. O fariseu também disse sobre suas virtudes, falou que jejuava duas vezes por semana e não uma, como a maioria dos judeus. No final de sua oração, disse que pagava o dízimo de tudo que recebia (cf. Lc 18, 11-12). Diferente do fariseu, o publicano ficou à distância e não ousava nem mesmo levantar o olhar para rezar (cf. Lc 18, 13a).
Com o coração arrependido, o publicano batia no peito e dizia: “Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador!” (Lc 18, 13b). Este disse a verdade sobre si e estava profundamente arrependido pelos seus pecados. Por isso, Jesus diz que “este último voltou para casa justificado” (Lc 18, 14a). O publicano foi perdoado por seus pecados porque se humilhou diante de Deus e, por causa do seu arrependimento de coração, ele foi exaltado (cf. Lc 18, 14b). Quanto ao judeu, não aconteceu o mesmo.
O fariseu também disse a verdade sobre si, falou de suas qualidades, de suas virtudes, mas não mostrou um coração arrependido pelos seus pecados. Ao contrário, além de não reconhecer-se pecador, ele ainda julgou o publicano (cf. Lc 18, 11b), cometendo mais um pecado. Jesus disse que este fariseu não foi justificado, não foi perdoado, porque ele se exaltou e, por isso, foi humilhado (cf. Lc 18, 14).
Assim, qualquer que seja a nossa condição, adiantados na fé como o fariseu ou iniciantes como o publicano, nos voltemos para Deus com um coração humilde e arrependido. Pois, se nos arrependemos sinceramente de nossos pecados, seremos perdoados por Deus. Neste processo de conversão, a Virgem Maria nos ajuda a ter um coração humilde, que reconhece as suas fraquezas, as suas limitações. Peçamos a Nossa Senhora um coração arrependido, que é o maior sacrifício que podemos oferecer a Deus.