Conheça a Confraria do Santo Rosário da Virgem Maria e saiba como ser membro e praticar esta devoção, tão necessária para nosso tempo.
Em revelação privada ao Beato Alano da Rocha, a Santíssima Virgem Maria prometeu a seguinte graça aos membros da Confraria do Rosário: “Obtive de meu Filho que todos os membros da Irmandade do Rosário tenham por irmãos, durante a vida e na hora da morte, os santos do céu”.
Os membros da Confraria do Rosário pretendem atender aos pedidos de Nossa Senhora em Fátima, feitos no ano de 1917. Naquele tempo, a Santíssima Virgem revelou a Irmã Lúcia que “Deus dava os dois últimos remédios ao mundo: o santo Rosário e a devoção ao Imaculado Coração de Maria, e sendo estes os dois últimos remédios, isso significa que não haverá outros para ele”[1]. Na crise sem precedentes, que afeta atualmente a Igreja e o mundo, a via de salvação dada pelo Céu aos fiéis para perseverarem na verdadeira fé católica e na vida cristã é a devoção dos cinco primeiros sábados do mês, unida à meditação quotidiana do Terço ou Rosário mariano.
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I. A devoção dos primeiros sábados do mês
Para praticar essa devoção revelada por Nossa Senhora em Fátima, no primeiro sábado de cada mês devemos realizar os seguintes atos de piedade, na intenção da reparação das ofensas cometidas contra o Imaculado Coração de Maria:
1. A Confissão reparadora, que pode ser feita até oito dias ou mais antes do primeiro sábado. Caso esqueçamos de confessar na intenção da reparação ao Imaculado coração de Maria, podemos colocar esta intenção na próxima Confissão, desde que estejamos em estado de graça para poder comungar no primeiro sábado;
2. A Comunhão reparadora, que deve ser feita no primeiro sábado, a não ser que, por uma razão legítima, com a autorização de um padre, esta comunhão seja feita no domingo seguinte.
3. A oração do Terço ou Rosário da Virgem Maria na intenção da reparação ao Imaculado Coração da Virgem Maria;
4. Fazer companhia a Virgem Maria, meditando sobre um ou mais mistérios do Rosário, durante, pelo menos, quinze minutos.
II. Conselhos práticos para a oração do Terço ou Rosário mariano
1. O Terço é mais uma meditação do que recitação da Ave-Maria: meditar os mistérios do Santo Rosário consiste em revivê-los com o Coração de Maria, em pedir a Nossa Senhora que nos faça penetrar a sua significação profunda, a fim de que possamos reproduzi-los na nossa própria vida;
2. O Terço é uma oração de súplica: ao rezar o Rosário, digamos com todo o nosso coração as Ave-Marias, a fim de alcançar a compaixão e os favores da Santíssima Virgem. Não devemos recitar nunca as orações desta devoção sem antes pedir por alguma intenção ou necessidade a Nossa Senhora. Precisamos pedir a graça de Deus, implorá-la em cada dezena que rezamos, a fim de obter a virtude relacionada ao mistério que meditamos;
3. Não recitemos o Terço ou Rosário com pressa, ensina-nos São Luís Maria Grignon de Montfort:
É realmente lamentável ver como a maioria das pessoas rezam o Santo Rosário. Elas o rezam extremamente rápido e murmurando, fazendo com que as palavras não sejam pronunciadas claramente. Não se pode esperar que alguém, mesmo aquele mais sem importância, pense que uma saudação relaxada como esta fosse um cumprimento e contudo, nós esperamos que JESUS e Maria estejam satisfeitos com isto! Não é de se espantar que as sacratíssimas orações de nossa santa religião pareçam não ter frutos, e que, após rezarem milhões de Rosários, não estamos melhor do que éramos antes! Caros confrades, imploro-lhes que reduzam sua velocidade natural que vem facilmente, e faça várias pausas ao rezar o Pai-nosso e a Ave–Maria[2].
4. Há necessidade de prestar atenção aos mistérios contemplados e, ao mesmo tempo, aos Pai-nossos e às Ave-Marias?
O Santo Rosário é essencialmente uma meditação ou contemplação dos mistérios de Jesus Cristo. Por isso, não é necessário, durante esta oração, refletir nas palavras dos Pai-nossos e das Ave-Marias. Sendo assim, durante a oração do Terço, o mais importante e necessário é meditar ou contemplar os mistérios com a inteligência e a vontade voltados para a oração de súplica, a fim de obter a graça de que Jesus Cristo seja aquele que nós contemplamos.
5. O que fazer a respeito das distrações na oração do Rosário?
Quando começamos a rezar bem o nosso Rosário, mas, depois nos distraímos involuntariamente, a nossa oração não perde todos os seus frutos. Todavia, esses seriam mais abundantes se nós nos aplicássemos melhor à oração. O que devemos afastar resolutamente são as distrações voluntárias, que impedem o fruto da oração. Quanto às distrações involuntárias, que são consequência da nossa fragilidade humana, as afastemos pacientemente, bem como tantas outras “moscas” inoportunas. No entanto, essas distrações não tiram o fruto da nossa oração. Por isso, se estas nos assediam durante todo o tempo do Terço ou Rosário que rezamos, não nos inquietemos. Mas, ofereçamos essas nossas dificuldades a nosso Senhor Jesus Cristo e a Santíssima Virgem Maria e sirvamo-nos delas para conhecer melhor as nossas misérias, para nos humilhar diante de Deus, e fiquemos em paz.
6. As vantagens de rezar o Terço em grupos
O Papa Leão XIII dizia que “as orações feitas em comum avantajam-se muito sobre as orações feitas em privado e têm um poder muito maior”[3]. Em lugar de uma pobre oração solitária que sobe aos Céus, mais forte é a oração de 5, 10, 20 pessoas, em que o fervor de uns compensa a dificuldade dos outros. Além disso, cada uma dessas pessoas tem o benefício da oração de todos. Sendo assim, rezemos o Terço ou o Rosário em família, suscitemos grupos para rezar o Terço ou juntemo-nos a grupos já existentes. Além disso, os membros da Confraria do Rosário devem unir o Terço rezado particularmente aos dos outros membros, não esquecendo nunca de rezar por seus confrades e pelas suas intenções, bem como pelas grandes intenções da Igreja Católica. Dessa forma, tornar-se-á mais perfeita a comunhão que une os membros da Confraria espalhados por toda a Terra, formando um pequeno exército a serviço do Imaculado Coração de Maria, para avançar no dia do seu triunfo.
III. A Confraria do Santo Rosário
1. O dever ou a regra dos confrades do Rosário
Os confrades não estão obrigados a rezar o Terço ou Rosário sob pena de pecado. Entretanto, estes não podem gozar de todas as vantagens da Confraria se não recitarem o Rosário todo em cada semana. Este é o único dever dos confrades. Ademais, aqueles que acidentalmente descuidarem da oração não deixam de pertencer à Confraria, mas privam-se de graças especiais.
O confrade pode ser membro de outra confraria, como o Apostolado da Oração e a Legião de Maria, e até mesmo de associações ligadas ao Santo Rosário, como o Terço dos Homens e o Terço das Famílias.
O Terço ou até mesmo o Rosário quotidiano é o ideal que devemos almejar e tentar alcançar progressivamente.
2. As vantagens da Confraria do Santo Rosário
1º Proteção especial da Santíssima Virgem: são inumeráveis os testemunhos históricos que nos provam as graças e os favores de toda a espécie, bem como os milagres que os confrades obtiveram da Rainha do Santíssimo Rosário, como a vitória na memorável batalha de Lepanto, que se deu em 7 de Outubro de 1571;
2º Participação nos bens espirituais acumulados no tesouro comum por todos os confrades reunidos. Os membros da Confraria participam também dos méritos da grande família dominicana, acumulados há séculos;
3º Concede-se indulgência plenária se o Terço ou Rosário for recitado numa igreja ou oratório, em família ou na comunidade religiosa ou ainda em piedosa associação. Concede-se indulgência parcial em outras circunstâncias.
Para receber a indulgência plenária na oração do Terço ou Rosário, o Manual de Indulgências determina o seguinte:
a) Basta a reza da terça parte do Rosário, mas as cinco dezenas devem-se recitar juntas;
b) Piedosa meditação deve acompanhar a oração vocal;
c) Na recitação pública, devem-se anunciar os mistérios, conforme o costume aprovado do lugar; na recitação privada, basta que o fiel ajunte a meditação dos mistérios à oração vocal[4].
3. Os três graus da Confraria do Rosário
1º grau: meditação diária dos quinze mistérios do Santíssimo Rosário;
2º grau: meditação diária do Santo Terço;
3º grau: meditação semanal do Santo Rosário, ou seja, rezar os três ou quatro mistérios do Rosário durante a semana.
4. Seja um confrade do Santo Rosário
Para tornar-se um membro da Confraria do Rosário, envie os seguintes dados para o endereço de e-mail indicado abaixo:
Nome completo:
Data de Nascimento:
Data de Batismo:
Endereço completo:
Endereço de e-mail para contato: confrariadorosario@hotmail.com
Fonte: NOSSA SENHORA DAS ALEGRIAS. A Confraria do Rosário.
Caso não obtenha retorno, há a possibilidade de entrar na Confraria do Rosário de Portland, nos EUA (site em inglês).
Nossa Senhora do Rosário, rogai por nós!
Links reçacionados:
TODO DE MARIA. A origem do Rosário de Nossa Senhora.
TODO DE MARIA. Montfort e a Associação Maria Rainha dos Corações.
TODO DE MARIA. O Rosário meditado de São Luiz Maria.
TODO DE MARIA. Os Papas e o Rosário de Nossa Senhora.
Referências:
[1] Revelações feitas pela Irmã Lúcia ao Padre Agustin Fuentes, postulador da causa de beatificação de Francisco e Jacinta, em uma conversa realizada em 26 de dezembro de 1957.
[2] SÃO LUÍS MARIA GRIGNON DE MONTFORT. O Segredo do Rosário.
[3] NOSSA SENHORA DAS ALEGRIAS. A Confraria do Rosário.
[4] CNBB. Manual Das Indulgências, p. 27.