Papa Francisco nos convida pensar sobre a necessidade de agradecer Deus, que é a nossa força.
O Sumo 
Pontífice, Papa Francisco, nos convida a refletir sobre a necessidade de agradecer Deus, que é a nossa força, em sua homilia na celebração da Eucaristia na Jornada Mariana. Papa Francisco inicia esta reflexão a partir do Evangelho de Lucas. Neste, dez leprosos são curados por Jesus: eles vão ao Seu encontro, param à distância e gritam: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós” (Lc 17, 13). Aqueles homens estavam doentes, necessitados de serem amados, de terem força e procuram alguém que os cure de suas enfermidades. Jesus responde ao pedido dos leprosos com uma ordem que a princípio podem não ter compreendido: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes” (Lc 17, 14).
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Mesmo na obscuridade, na incerteza de como aconteceria, pela fé eles obedecem e enquanto eles estavam a caminho ficaram curados da sua doença (cf. Lc 17, 14). “Causa estranheza, porém, o fato de ver que só regressa um para Lhe agradecer, louvando a Deus em alta voz” (Idem, cf. Lc 17, 15-11). “O próprio Jesus o sublinha: eram dez que gritaram para obter a cura, mas só um voltou para gritar em voz alta o seu obrigado a Deus e reconhecer que Ele é a nossa força” (Idem, cf. Lc 17, 18). Papa Francisco nos recorda que “é preciso saber agradecer, saber louvar o Senhor pelo que faz por nós” (Idem).
Tendo em mente a necessidade de ter um coração agradecido, nos voltemos para a atitude da Virgem Maria. Depois da Anunciação, o primeiro gesto que Nossa Senhora realiza é um ato de caridade para com a sua prima Isabel, que estava grávida e já era de idade avançada (cf. Lc 1, 36). Isabel saúda Maria e “as primeiras palavras que ela profere são: ‘A minha alma enaltece o Senhor’ (Lc 1, 47). A Virgem de Nazaré profere “um cântico de louvor e agradecimento a Deus, não só pelo que fez n’Ela, mas também pela sua ação em toda a história da salvação. Tudo é dom d’Ele. Se conseguimos entender que tudo é dom de Deus, então quanta felicidade teremos no nosso coração!” (Idem). Pois, Deus é a nossa força!
Agradecer é um gesto tão simples, dizer obrigado parece tão fácil, porém é tão difícil! Para nos mostrar esta dificuldade, o Santo Padre nos pergunta: “quantas vezes dizemos obrigado em família? Esta é uma das palavras-chaves da convivência. ‘Com licença’, ‘perdão’, ‘obrigado’: se numa família se dizem estas três palavras, a família segue adiante” (Idem). Quantas vezes dizemos obrigado, agradecemos a quem nos ajuda, vive perto de nós e nos acompanha nos caminhos da vida? “Muitas vezes damos tudo isso como suposto!” (Idem). Imaginamos que o outro sabe que estamos agradecidos, por isso, pensamos que não é necessário agradecer. O mesmo acontece em nossa relação com Deus. “É fácil ir até ao Senhor para pedir alguma coisa, mas ir agradecê-Lo… ‘Ah, isso é difícil’” (Idem).
Não sejamos como os nove leprosos, que não voltaram para agradecer a Deus pela cura de suas enfermidades (cf. Lc 17, 17). Mas, façamos como aquele samaritano, que vendo-se curado, voltou glorificando Deus em alta voz, prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu (cf. Lc 17, 15-16). Ao final de sua reflexão, Papa Francisco pede o auxílio de Nossa Senhora: “invocamos a intercessão de Maria, para que nos ajude a deixarmo-nos surpreender por Deus sem resistências, a sermos-Lhe fiéis todos os dias, a louvá-Lo e agradecer-Lhe porque Ele é a nossa força. Amém” (Idem).
