A imagem da “Mater Ecclesiae” na Praça de São Pedro foi querida pelo Papa João Paulo II como sinal de agradecimento a Virgem Maria.

O peregrino ou o turista que chega à Praça de São Pedro vê como, do topo da fachada do braço avançado do Palácio Apostólico, do lado que tem vista para a Basílica do Vaticano, domina o mosaico da Virgem, intitulado Mater Ecclesiae. Na base do mosaico, que representa a Virgem Maria com o Menino Jesus, está o escudo de João Paulo II com o lema Totus tuus.

A imagem da “Mater Ecclesiae” na Praça de São Pedro foi querida pelo Papa João Paulo II como sinal de agradecimento a Virgem Maria.

Detalhe do mosaico da “Mater Ecclesiae”.

A imagem, com mais de dois metros e meio de altura, foi colocada ali entre Novembro e Dezembro de 1981, e tem uma história que vale a pena lembrar devido ao estreito e significativo vínculo com o Pontífice beatificado em 1º de Maio [de 2011 e canonizado no Domingo da Divina Misericórdia, dia 27 de abril de 2014]. Continue lendo…

No início do tempo Pascal, meditemos sobre a presença da Rainha do Céu e dos Santos Anjos no mistério da redenção da humanidade.

A tradicional oração do “Angelus” é substituída, no tempo Pascal, pelo canto “Regina caeli” ou “Rainha do Céu”, que exprime a alegria da Santíssima Virgem Maria pela ressurreição do seu divino Filho Jesus Cristo. Deste modo, ela torna-se modelo da comunidade cristã que se “alegra” pela Páscoa do seu Senhor, fonte de autêntica alegria para todos nós que cremos. O Ressuscitado é a fonte e a razão última desta alegria espiritual.

No início do tempo Pascal, meditemos sobre a presença da Rainha do Céu e dos Santos Anjos no mistério da redenção da humanidade.

Nossa Senhora Rainha dos Anjos

A liturgia da Oitava de Páscoa repete constantemente: “Cristo ressuscitou como havia prometido”. Proclamamos também esta verdade da fé católica no “Regina caeli”, oração tão apreciada pela piedade popular.

A partir de hoje, Segunda-feira de Páscoa ou Segunda-feira do Anjo, no Vaticano se inicia o canto “Regina caeli” e esta é uma oportunidade de refletirmos sobre a participação destes seres angélicos no mistério da Redenção da humanidade. Além disso, nesta Segunda-feira do Anjo, prolongamento do dia da Páscoa, somos chamados a nos deter junto ao sepulcro vazio para meditar sobre a presença da Virgem Maria neste grande e prodigioso mistério que é a ressurreição de Jesus Cristo. Continue lendo…

A Virgem Maria mantém uma relação materna única e irrepetível com cada um de nós, seus filhos e escravos de amor, por toda a nossa vida.

A Santíssima Virgem Maria é Mãe da Igreja e, em virtude desta maternidade, mantém uma íntima relação com cada um de nós, filhos de Deus, em todos os momentos de nossas vidas. Para compreender esta maternidade espiritual da Virgem Maria sobre nós, podemos compará-la com a maternidade biológica. A maternidade determina sempre uma relação única e irrepetível entre duas pessoas: da mãe com o filho e do filho com a mãe. Mesmo quando uma mulher é mãe de muitos filhos, a sua relação pessoal com cada um deles caracteriza a maternidade na sua própria essência. Cada um dos filhos é gerado de modo único e irrepetível e isto é válido tanto para a mãe quanto para o filho. Cada um dos filhos é cercado, de modo singular, do amor materno, que é a base fundamental da formação e amadurecimento em humanidade.

A Virgem Maria mantém uma relação materna única e irrepetível com cada um de nós, seus filhos e escravos de amor, por toda a nossa vida.

A Virgem Maria e o Discípulo amado aos pés da cruz de Cristo.

Esta maternidade na “ordem da natureza” caracteriza a união da mãe com o filho e é como que um espelho da maternidade na “ordem da graça”. Esta analogia nos ajuda a compreender porque, no testamento de Jesus Cristo no Calvário, a maternidade de sua Mãe Santíssima é por Ele expressa no singular, em relação a um só homem: “Eis o teu filho”1. Além disso, essa comparação com a maternidade biológica nos ajuda a compreender a necessidade de deixar-nos cuidar pela Virgem Maria. Pois, o filho sempre necessita dos cuidados, do carinho, da atenção da mãe. Não precisamos ter medo, pois se uma boa mãe quer o bem ao seu filho, a Mãe de Deus quer para nós o Sumo Bem, que é Jesus Cristo, e fará todo o possível para nos conduzir a Ele. Além disso, como uma mãe amorosa, bondosa, zelosa, a Mãe da Igreja nos ajudará em nossa formação humana e espiritual, “até que todos tenhamos chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de Cristo”2.

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Rezar o Santo Rosário significa contemplar os mistérios de Jesus Cristo na escola da Virgem Maria.

Na oração do Santo Rosário, somos chamados a contemplar os mistérios de Jesus Cristo, na companhia da Virgem Maria. Pois, temos na Santíssima Virgem Maria o modelo insuperável da contemplação de Jesus Cristo. O rosto de seu Filho pertence a ela dum modo todo especial. Pois, foi no ventre da Virgem de Nazaré que o Verbo Se plasmou, recebendo dela uma semelhança humana que aponta para uma intimidade espiritual certamente ainda maior. Ninguém se dedicou mais à contemplação do rosto de Jesus, ou com a mesma assiduidade, do que Nossa Senhora. Com olhos espirituais, a jovem Maria contempla, de algum modo, o Verbo de Deus já na Anunciação, quando O concebe por obra do Espírito Santo (cf. Lc 1, 26-38). Nos meses seguintes, a Virgem começa a sentir a presença de seu Filho e a imaginar os contornos do Seu rosto. Quando Maria dá à luz o Menino Deus em Belém, finalmente pode fixar seus olhos carnais, com ternura, na face do seu Filho, para depois envolvê-lo em faixas e recliná-lo em uma manjedoura (cf. Lc 2, 7).

Rezar o Santo Rosário significa contemplar os mistérios de Jesus Cristo na escola da Virgem Maria.

Nossa Senhora do Rosário

Desde então, o olhar da Virgem Santíssima, cheio sempre de reverente assombro diante do mistério divino, não se separará mais do seu Filho. Algumas vezes, será um olhar de quem não compreende, como no mistério da perda e do encontro de Jesus no templo de Jerusalém, entre os doutores da lei: “Meu Filho, que nos fizeste?!” (Lc 2, 48). Outras vezes, será um olhar penetrante, capaz de ler no íntimo do Coração de Jesus os seus sentimentos escondidos e saber quais serão as suas decisões, como aconteceu nas bodas de Caná (cf. Jo 2, 5). Por vezes, será um olhar doloroso, principalmente aos pés da cruz, onde haverá também, de certa forma, o olhar da “Mulher” em dores de parto. Pois, a Senhora das Dores não só sofrerá a paixão e a morte do seu Unigênito, mas também acolherá a todos e a cada um de nós, seus novos filhos, a ela entregues na pessoa do discípulo amado (cf. Jo 19, 26-27). Na manhã da Páscoa, o olhar de Maria será radiante, pela alegria da ressurreição do Filho de Deus. No cenáculo, o olhar de Nossa Senhora será ardoroso, pela efusão do Espírito Santo no dia de Pentecostes (cf. At 1,14). Continue lendo…

Conheça a consagração a Jesus por Maria, a espiritualidade mariana que marcou a vida, o pontificado, o pensamento do Papa João Paulo II.

Falar da consagração, ou escravidão de amor, a Jesus por Maria, espiritualidade mariana do Papa São João Paulo II, torna-se ainda mais significativo nestes dias, há pouco mais de dois anos de sua canonização, que aconteceu em 27 de Abril de 2014. Esta foi a devoção a Virgem Maria que elevou o polonês Karol Wojtyla à tão alto grau de santidade que os fiéis o queriam proclamar santo logo depois da sua morte, dizendo: “santo súbito”.

Papa São João Paulo II diante da imagem do Imaculado Coração de Maria

Papa São João Paulo II diante da imagem de Nossa Senhora de Fátima

Karol Wojtyła nasceu no dia 18 de Maio de 1920, em Wadowice, na Polônia. Em Outubro de 1942, entrou no seminário de Cracóvia clandestinamente, por causa da invasão comunista em seu país, e a 1º de Novembro de 1946, foi ordenado sacerdote. Em 4 de Julho de 1958, o Papa Pio XII nomeou-o Bispo auxiliar de Cracóvia. Tendo em vista sua espiritualidade marcadamente mariana, Karol escolheu como lema episcopal a conhecida expressão Totus tuus, de São Luís Maria Grignion de Montfort, grande apóstolo da Virgem Maria. A ordenação episcopal de Wojtyla foi em 28 de Setembro do mesmo ano. No dia 13 de Janeiro de 1964, foi eleito Arcebispo de Cracóvia. Em 26 de Junho de 1967, foi criado Cardeal por Paulo VI. Na tarde de 16 de Outubro de 1978, depois de oito escrutínios, foi eleito Papa. Continue lendo…

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