Os verdadeiros Apóstolos dos Últimos Tempos foram profetizados por inúmeros santos e santas da Igreja e chamados por Nossa Senhora de La Salette.
São Luís Maria Grignion de Montfort, no “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria”, nos fala sobre os Apóstolos dos Últimos Tempos, os verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, que seguirão as pegadas da sua pobreza, humildade, desprezo do mundo e caridade (cf. TVD 58-59). Além de Montfort, muitos outros santos e santas também profetizaram o surgimento desses servos e servas, consagrados e consagradas, filhos e filhas da Santíssima Virgem Maria. Depois de tantas profecias, Nossa Senhora de La Salette faz um apelo “aos Apóstolos dos Últimos Tempos, aos fiéis discípulos de Jesus Cristo que viveram no desprezo do mundo e de si próprios, na pobreza e na humildade, no desprezo e no silêncio, na oração e na mortificação, na castidade e na união com Deus, no sofrimento e desconhecidos do mundo” (O Segredo de La Salette, redigido por Mélanie Calvat, em 21 de novembro de 1878).
Receba o conteúdo deste blog gratuitamente em seu e-mail.
São Luís Maria, na Oração Abrasada, fala das luzes proféticas concedidas a São Francisco de Paula, a São Vicente Ferrer, a Santa Catarina de Siena, e a tantas outras grandes almas a respeito desses Apóstolos dos Últimos Tempos. A grande Santa Teresa de Jesus (1515-1582), mais conhecida no Brasil como Santa Teresa d’Ávila, da Ordem dos Carmelitas Descalços, Doutora da Igreja, também foi agraciada com visões sobrenaturais sobre esses verdadeiros discípulos de Jesus Cristo. Em um momento de oração, Deus revela a Teresa o surgimento desses Apóstolos dos Últimos Tempos: “Foi-me então dado a entender o grande proveito que produziria uma ordem nos derradeiros tempos e a fortaleza com que os seus membros haveriam de sustentar a fé” (Santa Teresa de Jesus, Livro da Vida, nº 12).
Grandes santos e santas da Igreja profetizaram o surgimento desses servos e servas, escravos e escravas, filhos e filhas da Mãe de Deus. Entretanto, nenhum outro santo tratou sobre os Apóstolos dos Últimos Tempos com tanta profundidade quanto São Luís Maria, o grande Apóstolo da Virgem Maria. Segundo ele, esses servos, escravos e filhos de Maria serão “ministros do Senhor” (Hb 1, 7; Sl 103, 4) que, qual fogo crepitante, levarão a toda parte as chamas do Amor de Deus; serão “setas na mão do Poderoso” (Sl 126, 4), serão flechas agudas nas mãos poderosas de Nossa Senhora para traspassar os seus inimigos; serão “filhos de Levi” (Ml 3, 3), que purificados no fogo das grandes tribulações, apegados a Deus, trarão o Ouro do Amor em seus corações, o incenso da oração no espírito, e a mirra da mortificação no corpo (cf. TVD 56). Estes espalharão por toda parte o “bom odor de Jesus Cristo” (2 Cor 2, 15-16): “odor de vida para os pobres, os pequenos e os humildes; odor de morte para os grandes, os ricos e orgulhosos mundanos” (TVD 56).
Esses servos, escravos e filhos de Maria “serão verdadeiros Apóstolos dos Últimos Tempos, a quem o Senhor das virtudes dará a palavra e a força para operar maravilhas e arrebatar gloriosos despojos ao inimigo […] Deixarão após si, nos lugares onde tiverem pregado, o ouro da caridade, que é o cumprimento de toda a Lei” (TVD 58). Estes escravos de amor serão os verdadeiros discípulos de Jesus Cristo: “ensinarão o estreito caminho de Deus na pura verdade, segundo o Santo Evangelho e não segundo as máximas do mundo, sem se colocar em inquietação nem fazer acepção de pessoas, sem poupar, escutar ou temer nenhum mortal, por poderoso que seja. Terão nos lábios a espada de dois gumes, que é a Palavra de Deus; trarão aos ombros o estandarte sangrento da Cruz, o crucifixo na mão direita, o Rosário na esquerda, os sagrados nomes de Jesus e Maria no coração, e a modéstia e mortificação de Jesus Cristo em toda a sua conduta” (TVD 59).
São Luís não somente profetizou a vinda desses grandes homens, mas também previu que a Virgem Maria os suscitará por ordem do Deus Altíssimo, para estender o seu Reino (cf. TVD 59). O Tratado, no qual deixou escrito essas profecias, ficou escondido por 130 e trinta anos, sendo enfim encontrado em 1842. Quatro anos mais tarde, em 19 de Setembro de 1846, Nossa Senhora apareceu em La Salette a duas crianças, Maximin Giraud, de 11 anos, e Mélanie Calvat, de 15 anos. Nesta aparição, a Virgem Maria dirige um apelo urgente à Terra: “apelo aos Apóstolos dos Últimos Tempos, aos fiéis discípulos de Jesus Cristo […] É chegado o tempo para que eles saiam e venham iluminar a Terra. Ide e mostrai-vos como meus filhos amados. Estou convosco e em vós, contanto que vossa fé seja a luz que vos ilumina nestes dias de desgraças” (O Segredo de La Salette).
Assim, servos e servas, escravos e escravas de amor, consagrados e consagradas, filhos e filhas da Virgem Maria, verdadeiros Apóstolos dos Últimos Tempos, fiéis discípulos de Jesus Cristo, somos chamados a viver no desprezo do mundo e de nós mesmos, na pobreza e na humildade, no desprezo e no silêncio, na oração e na mortificação, na castidade e na união com Deus, no sofrimento e desconhecimento do mundo (cf. O Segredo de La Salette). Sigamos as pegadas da pobreza de Jesus Cristo, na humildade, desprezo do mundo e caridade (cf. TVD 58-59), oferecendo-nos em sacrifício a Santíssima Virgem. Ofereçamos a Mãe de Deus a nossas orações, jejuns, penitências e sacrifícios pela salvação das almas, especialmente dos mais pobres e pecadores. Nossa Senhora de La Salette, rogai por nós!
