Somos chamados a uma alta vocação, a sermos servos de Jesus Cristo e luz para as nações.
Nossa vocação é sermos servos de Jesus Cristo e luz para as nações. Desde o útero de nossa mãe Deus está nos formando para que sejamos seus servos, para reconduzir o seu Povo Israel (cf. Is 49, 5a). Esta palavra foi dirigida ao Povo de Deus, que a princípio era o povo israelita, mas hoje somos todos nós. Fomos valorizados aos olhos do Senhor, nosso Deus é a nossa força (cf. Is 49, 5b). O Senhor nos escolheu para sermos servos, para uma missão, como disse Ele ao profeta Isaías e continua dizendo a cada um de nós: “É bem pouco seres o meu servo só para restaurar as tribos de Jacó, só para trazer de volta os israelitas que escaparam, quero fazer de ti uma luz para as nações, para que a minha salvação chegue até os confins da terra” (Is 49, 6).
Receba o conteúdo deste blog gratuitamente em seu e-mail.
Somos estes servos, escolhidos por Deus para reconduzir o gênero humano para Ele. Pois todo ser humano foi feito pelo Senhor e o nosso fim é estar com Ele para sempre. Porém, esta obra não pode ser realizada somente por nós. Precisamos estar unidos ao Servo por excelência, que é Jesus Cristo, o Filho de Deus. Ele já realizou a salvação, por meio do mistério da sua paixão, morte e ressurreição. Como servos do Servo Jesus Cristo, somos chamados a levar a Sua salvação até os confins da terra (cf. Is 49, 6).
O Senhor quer que sejamos luz para as nações (cf. Is 49, 6), mas não é qualquer luz que devemos ser. O Pai quer que sejamos, no Espírito Santo, reflexo da Luz que irradia do coração de Jesus Cristo. Ele é a verdadeira Luz que ilumina todo ser humano e o ser humano todo. Toda a nossa vida é iluminada pela Luz verdadeira que é Jesus e, dessa forma, poderemos refletir a Sua Luz para todos os povos e nações.
Grande é a nossa vocação, de sermos servos tendo como modelo Jesus, o Servo do Senhor. Cristo é a Luz do mundo, e como seus servos, somos também chamados a ser luz para as nações. Todavia, não nos apressemos em dar uma resposta a esta alta vocação, como fez Pedro: “Senhor, por que não posso seguir-Te agora? Eu darei a vida por Ti” (Jo 13, 37). Pois, como ele, podemos negar o Senhor, como tinha alertado Jesus: “Darás a tua vida por mim? Em verdade, em verdade vos digo: o galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes” (Jo 13, 38).
Assim, não queiramos seguir Jesus Cristo movidos pela empolgação, sem pensar e refletir sobre as consequências. Façamos como a Virgem Maria, que teve a coragem de perguntar ao Anjo como ela poderia ser a Mãe de Jesus Cristo, o Filho de Deus: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem?” (Lc 1, 34). Somente depois da explicação do Anjo, que lhe disse que Jesus seria gerado por obra do Espírito Santo, Nossa Senhora respondeu: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1, 38). Diante da grande vocação de sermos servos do Senhor e luz para as nações (cf. Is 49, 5-6), nos coloquemos humildemente junto a Deus, como fez a Virgem Maria (cf. Lc 1, 38), para levar a salvação em Jesus Cristo até os confins da terra (cf. Is 49, 6).
